A cidade no interior do Acre que se tornou a 'capital da farinha de mandioca'
Município, com cerca de 91 mil habitantes, é um importante centro econômico da região do Vale do Juruá
Redação Exame
Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 13h17.
Última atualização em 24 de dezembro de 2024 às 13h26.
A nova legislação, publicada no Diário Oficial da União (DOU) , reconhece a importância histórica e cultural da produção de farinha de mandioca na região.
O município, situado no Vale do Juruá, é um importante centro econômico, onde a mandioca desempenha um papel fundamental na alimentação local.
Além de ser a base de pratos típicos, como pirão e farofa, a farinha produzida em Cruzeiro do Sul é reconhecida por sua qualidade e é comercializada para outros estados.
Sua versão artesanal, caracterizada pela cor amarela e textura macia, conta com o selo de Indicação Geográfica (IG), concedido em 2017 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Em 2023, a produção brasileira de raiz de mandioca foi estimada em 18,44 milhões de toneladas, cultivadas em uma área de 1,24 milhão de hectares, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Historicamente, cerca de 80% da mandioca produzida no Brasil é destinada à fabricação de farinha. Com base nesses dados, a produção anual de farinha de mandioca é estimada em aproximadamente 14,75 milhões de toneladas.
Principais commodities agrícolas que o Brasil exporta
Lei da 'farinha'
A lei teve origem no Projeto de Lei 4174/23, do senador Alan Rick (União-AC), aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto e pelo Senado Federal em dezembro.
Na justificativa do projeto, o autor destaca que a produção de farinha de mandioca é uma tradição que remonta aos povos indígenas da região, preservando sabores e técnicas artesanais transmitidas de geração em geração.