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Revelação de ganho de Palocci gera crítica da oposição

A divulgação de que o ministro recebeu R$ 1 milhão para assessorar um processo de fusão de empresas, que necessita de aval de órgãos do governo, gerou críticas na oposição

Palocci pode ter recebido mais dinheiro se a união de empresas fosse referendada pelos órgãos de controle e se mostrasse um bom negócio (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 23h22.

Brasília - A revelação de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, recebeu R$ 1 milhão para assessorar um processo de fusão de empresas, que necessita de aval de órgãos do governo, desencadeou críticas na oposição e pressão sobre parlamentares da base aliada para que assinem o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os negócios do ministro.

O valor da assessoria de Palocci foi revelado ao jornal O Estado de S. Paulo pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Segundo o petista, foi o próprio Palocci quem disse ter recebido este montante durante reunião com a bancada do PT e a presidente Dilma Rousseff na semana passada. De acordo com o relato de Suplicy, o contrato do ministro tinha uma "taxa de sucesso" e o ministro poderia ter recebido até R$ 3 milhões se não fosse obrigado a fechar a atividade de consultoria em dezembro de 2010. O ministro não disse aos petistas que empresas ajudou.

Para o presidente do DEM, José Agripino (RN), ao falar de valores o próprio ministro levanta dúvidas sobre seu trabalho. "É uma demonstração de que o próprio ministro Palocci tinha consciência que os serviços que estava prestando talvez não valessem tanto."

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirma que ao não revelar os clientes o ministro reforça a suspeita de prática de ilícitos. "Consultoria implica em produção intelectual, está ficando claro que a ação dele (Palocci) pode não ter sido de consultoria, mas de tráfico de influência, de lobby".

Atualmente, as fusões envolvendo empresas que tenham faturamento superior a R$ 400 milhões estão sujeitas a apreciação de órgãos de controle. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda e a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça fazem a parte de instrução do processo e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decide pela aprovação ou não da união entre empresas.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) reafirmou que os parlamentares governistas estão sendo orientados a não assinar o requerimento sobre a CPI. Para ela, Palocci só vai precisar revelar para quem trabalhou se isso for exigido por algum órgão de controle, como o Ministério Público.

"Ele não quer revelar e é um direito que ele tem e agora depende apenas se os órgãos de controle vão exigir isso ou não". Presente à reunião em que Palocci teria revelado o recebimento de R$ 1 milhão para assessorar uma fusão, a senadora disse não se lembrar de valores.

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O valor da assessoria de Palocci foi revelado ao jornal O Estado de S. Paulo pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Segundo o petista, foi o próprio Palocci quem disse ter recebido este montante durante reunião com a bancada do PT e a presidente Dilma Rousseff na semana passada. De acordo com o relato de Suplicy, o contrato do ministro tinha uma "taxa de sucesso" e o ministro poderia ter recebido até R$ 3 milhões se não fosse obrigado a fechar a atividade de consultoria em dezembro de 2010. O ministro não disse aos petistas que empresas ajudou.

Para o presidente do DEM, José Agripino (RN), ao falar de valores o próprio ministro levanta dúvidas sobre seu trabalho. "É uma demonstração de que o próprio ministro Palocci tinha consciência que os serviços que estava prestando talvez não valessem tanto."

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirma que ao não revelar os clientes o ministro reforça a suspeita de prática de ilícitos. "Consultoria implica em produção intelectual, está ficando claro que a ação dele (Palocci) pode não ter sido de consultoria, mas de tráfico de influência, de lobby".

Atualmente, as fusões envolvendo empresas que tenham faturamento superior a R$ 400 milhões estão sujeitas a apreciação de órgãos de controle. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda e a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça fazem a parte de instrução do processo e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decide pela aprovação ou não da união entre empresas.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) reafirmou que os parlamentares governistas estão sendo orientados a não assinar o requerimento sobre a CPI. Para ela, Palocci só vai precisar revelar para quem trabalhou se isso for exigido por algum órgão de controle, como o Ministério Público.

"Ele não quer revelar e é um direito que ele tem e agora depende apenas se os órgãos de controle vão exigir isso ou não". Presente à reunião em que Palocci teria revelado o recebimento de R$ 1 milhão para assessorar uma fusão, a senadora disse não se lembrar de valores.

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