Negócios

A gigante chinesa Tencent tem mesmo desafio de Facebook e Twitter

A empresa que é avaliada em 418,6 bilhões de dólares, tem grandes operações em jogos eletrônicos, meios de pagamento e inteligência artificial

Tencent: a empresa chinesa divulga seus resultados nesta quarta-feira e deve desapontar investidores que esperam números melhores (Sean Lee/Getty Images)

Tencent: a empresa chinesa divulga seus resultados nesta quarta-feira e deve desapontar investidores que esperam números melhores (Sean Lee/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 06h41.

Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 07h38.

Em um momento em que as empresas de tecnologia apresentam resultados estrondosos, os investidores da gigante chinesa Tencent estão preocupados com o balanço desta quarta-feira. A empresa deve apresentar lucro de 2,7 bilhões de dólares no período, uma alta de 2,2% em relação ao ano passado, e faturamento de 11,3 bilhões de dólares, aumento de 37,8% ano a ano — mas isso não é o suficiente para animar os acionistas. Só neste ano as ações caíram 14,89%, com uma queda de 3,3% ontem antes da divulgação dos resultados. 

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

A Tencent, um dos maiores conglomerados da China, avaliada em 418,6 bilhões de dólares, tem grandes operações em jogos eletrônicos, meios de pagamento e inteligência artificial e é dona do aplicativo WeChat, espécie de WhatsApp, e da Riot Games, produtora do game de sucesso League of Legends. Apesar da grandeza, se vê às voltas com o mesmo problema que Twitter e Facebook tiveram nesta temporada de balanços: atender às altas demandas de acionistas que esperam um ritmo de crescimento acelerado, com grandes números nas vendas e na adição de novos usuários.

No primeiro trimestre do ano, o lucro cresceu 61%, as vendas online avançaram 55% e o faturamento dos jogos, 26%. O serviço de cloud mais do que dobrou. Desta vez, a expectativas são bem mais baixas, com reguladores chineses de olho nos negócios de jogos mobile da empresa. A Tencent conseguiu no ano passado a licença para operar a versão mobile do game “PlayerUnknown’s Battlegrounds”, um sucesso para computador no estilo Battle Royale, como Fortnite.

O problema é que o jogo foi disponibilizado gratuitamente e a autoridade governamental ainda não aprovou compras dentro do aplicativo para a Tencent faturar com o título. Ontem, as autoridades também baniram o jogo Monster Hunt World, que trazia grandes expectativas de faturamento para a empresa.

É esperado um aumento nas vendas de publicidade, mas nada que deva mudar o ânimo de investidores — assim como Facebook e Twitter não conseguiram. Ao menos para as gigantes de internet, China e Estados Unidos estão cada dia mais parecidos. 

Acompanhe tudo sobre:AcionistasÀs SeteBalançosChinaempresas-de-tecnologiaExame HojeJogos onlineLucroTencent

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame