Brasil

Enchentes no RS: segunda morte por leptospirose após enchentes é registrada

Doença pode ser transmitida a partir do contato com água contaminada por urina de animais infectados

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 22 de maio de 2024 às 07h07.

Foi confirmada na terça-feira, 21, a segunda morte por leptospirose no Estado do Rio Grande do Sul (RS) desde que começaram as enchentes, no início de meio. A segunda vítima é um homem de 33 anos que morava no município de Venâncio Aires e morreu na última sexta-feira, dia 17. Antes dele, havia sido confirmada a morte pela mesma doença de um idoso de 67 anos morador de Travesseiro, cidade da região do Vale do Taquari.

De acordo com a prefeitura de Venâncio Aires, neste mês foram confirmados três casos e outras 23 suspeitas estão em investigação laboratorial pelo Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi) do município.

O que é leptospirose

A leptospirose é uma doença transmitida pela urina de animais infectados, que funcionam como vetores da bactéria leptospira. Segundo especialistas, ter contato com água de enchentes e alagamentos aumenta as chances de infecção, por isso a possibilidade deacontecer um aumento significativo de casos no RS a partir deste mês.

Dois dos três pacientes que tiveram o diagnóstico confirmado já se recuperaram. Familiares do terceiro paciente confirmaram que ele teve contato com a água das enchentes, mas dizem que adotou os cuidados necessários, como uso de botas. Apesar disso, contraiu a doença e morreu.

Em todo o ano passado, Venâncio Aires confirmou oito casos de leptospirose, sem nenhuma morte. Outras 48 notificações suspeitas foram descartadas. Neste ano, segundo a enfermeira coordenadora da Vigilância Sanitária Carla Lili Müller, até agora são nove casos confirmados.

Ela reforça a orientação para que quem sentir sintomas como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial na panturrilha) e calafrios procure atendimento médico. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.

"O tratamento é iniciado já durante a suspeita de leptospirose, quando o paciente tem um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e situação de risco que antecederam os sintomas nos últimos 30 dias ao aparecimento dos sinais", diz Carla.

Acompanhe tudo sobre:Rio Grande do SulDoençasSaúde

Mais de Brasil

Novo Ensino Médio: relatora no Senado diminui carga horária de disciplinas tradicionais

Tarcísio assina contrato para extensão da Linha 4-Amarela; veja quais serão as novas estações

Lula anuncia R$ 5 bi de investimentos do PAC em universidades para conter greve de professores

Eleitor exige governança contra crise climática, diz CEO da ComunitasBR

Mais na Exame