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Quase 95% da atividade econômica do RS foi afetada por enchentes, aponta Fiergs

Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do estado

Army soldiers observe their damaged vehicle at a flooded street of Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul state, Brazil on May 9, 2024. Teams raced against the clock Thursday to deliver aid to flood-stricken communities in southern Brazil before the arrival of new storms forecast to batter the region again. Some 400 municipalities have been affected by the worst natural calamity ever to hit the state of Rio Grande do Sul, with at least 107 people dead and hundreds injured. (Photo by Carlos FABAL / AFP) (Carlos FABAL/AFP)

Army soldiers observe their damaged vehicle at a flooded street of Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul state, Brazil on May 9, 2024. Teams raced against the clock Thursday to deliver aid to flood-stricken communities in southern Brazil before the arrival of new storms forecast to batter the region again. Some 400 municipalities have been affected by the worst natural calamity ever to hit the state of Rio Grande do Sul, with at least 107 people dead and hundreds injured. (Photo by Carlos FABAL / AFP) (Carlos FABAL/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 13 de maio de 2024 às 19h11.

Última atualização em 13 de maio de 2024 às 19h22.

Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul — exatamente 94,3% — foi afetada pelas cheias que arrasaram o estado, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). "Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do estado", afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.

Segundo a entidade, das dez regiões econômicas, as com o maior número de municípios atingidos até o dia 13 de maio são Planalto (94), Missões (87), Vale do Taquari (51) e Central (46).

Em relação à atividade econômica, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Adicionado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Metropolitana (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões).

Em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividade industrial potencialmente atingida são: Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra (R$ 15 bilhões).

Estabelecimentos industriais

Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com a maior quantidade de indústrias no RS em municípios afetados são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil). Já as regiões que mais empregam na indústria do Rio Grande do Sul em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil).

Quanto às exportações apenas da Indústria de Transformação em cidades potencialmente afetadas, destacam-se as regiões sul, com R$ 3,7 bilhões; Metropolitana, US$ 3,2 bilhões; Central, US$ 3,1 bilhões, e Planalto, US$ 2,7 bilhões.

Por fim, as regiões com maior impacto potencial sobre a arrecadação de ICMS em estabelecimentos industriais são Vale dos Sinos, com um total de R$ 5,3 bilhões, Serra, R$ 3,5 bilhões, e Metropolitana, R$ 3,1 bilhões.

Entre os locais mais atingidos, na região da serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na região metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos.

Já na região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco. Por fim, a região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.

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