Mark Zuckerberg reconhece avanços, mas disse que interferências podem continuar (Charles Platiau/Reuters)
Reuters
Publicado em 3 de abril de 2019 às 09h38.
Dublin — O Facebook é muito melhor do que era em 2016 em combater a interferência eleitoral, mas não pode garantir que o site não seja usado para prejudicar as eleições do Parlamento Europeu em maio, disse o presidente-executivo Mark Zuckerberg na terça-feira, 3.
Abalado desde que supostos agentes russos usaram o Facebook e outras mídias sociais para influenciar uma eleição que surpreendentemente levou Donald Trump ao poder nos Estados Unidos, o Facebook disse que investiu recursos e pessoal na proteção das eleições da União Europeia em 26 de maio.
Zuckerberg disse que houve muitas eleições importantes desde 2016 que foram relativamente limpas e demonstraram as defesas que a companhia construiu para proteger a integridade delas.
"Nós certamente fizemos muito progresso... Mas não, eu não acho que alguém possa garantir em um mundo onde você tem nações que estão tentando interferir nas eleições, não há uma única coisa que possamos fazer e dizer que a questão está resolvida", disse Zuckerberg em entrevista à emissora nacional irlandesa RTE.
"Esta é uma corrida armamentista em curso, onde estamos constantemente construindo nossas defesas e esses governos sofisticados também estão evoluindo suas táticas."
As agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia tinha uma operação de desinformação e ataques cibernéticos para minar o processo democrático norte-americano e ajudar a campanha do republicano Trump em 2016. Moscou nega interferir na eleição.
"Aqui na UE para as próximas eleições, estamos trazendo toda a bateria de todas as estratégias e ferramentas que funcionaram muito bem em muitas eleições importantes até agora, então eu tenho muita confiança", disse Zuckerberg durante uma viagem a Dublin, lar da sede internacional do Facebook.