Z Ultra fotos
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2013 às 22h38.
Rompendo a lógica atual dos tablets compactos, o Xperia Z Ultra pode reposicionar a Sony na vanguarda do universo Android. Com um hardware potente, esse gadget traz novidades em vários aspectos. É o primeiro a chegar ao INFOlab com um chipset Snapdragon 800. Dentre todos os tablets que já passaram pelo INFOlab, é o único resistente à água. Com uma tela de 6,4 polegadas, sua proporção de tela 16:9 se aproxima muito mais dos smartphones do que dos tablets. É justamente esse aspecto de smartphone gigante que pode assustar no começo. Mas, como vamos descrever a seguir, esse formato está longe de ser negativo.
A proposta da Sony com o Z Ultra é de livrar o usuário do inconveniente de carregar um smartphone para ligações e um tablet para as outras tarefas. A ideia central é baseada em um único dispositivo capaz de encarar todas as tarefas. Por isso, esse tablet faz e recebe ligações como um celular e possui conectividade 4G.
Levar o gadget ao ouvido pode ser extremamente embaraçoso, já que suas medidas são muito exageradas para um smartphone. Mesmo assim, o volume das ligações é idêntico ao de celulares da marca, tanto para ouvir como para falar. O viva-voz também oferece ótimo volume e definição. Essas características impressionaram durante nossos testes, pois o Z Ultra é extremamente fino. Sua espessura mede 0,7 cm, fazendo dele um dos tablets mais finos do mercado. Ele também é leve. São 211 g de peso bem distribuído.
Para os incomodados em atender uma ligação em um gadget tão grande, a Sony oferece um acessório inteligente já incluso no paco. Com uma presilha, um pequeno dispositivo, parecido com um MP3 player, faz o pareamento com o Z Ultra por NFC e, a partir daí, pode receber e fazer ligações como um smartphone comum. O usuário pode leva-lo ao ouvido como um celular, ativar o viva-voz ou então atender a chamada pelo fone de ouvido, já que possui uma entrada P2. Um pequeno visor informa o número da chamada ou o nome do contato. Também pode comandar as músicas do aparelho e sintonizar rádios FM. Essa última função não depende do tablet e pode ser ativada mesmo com ele desligado. O pequeno acessório conta com uma bateria interna e é carregado por um cabo microUSB.
Assim como nos aparelhos da linha Xperia, o Z Ultra traz uma alavanca para controle de volume em uma das laterais e um botão metálico circular para bloquear/desbloquear a tela. Os botões de controle do sistema são integrados à interface. Para acesso ao cartão SIM e microSD, é necessário abrir uma pequena fenda lateral. O mesmo serve para a entrada microUSB. Há um conector magnético para recarga de energia e, segundo a Sony, uma dock será lançada para manter o tablet na vertical e recarregar a bateria.
Com certificado IP55, o tablet oferece resistência ao pó e à água. Segundo a Sony, é possível mergulhar o Z Ultra, com todas as tampas vedadas, a até 1,5 m de profundidade por 30 minutos. Isso faz com que preocupações mundanas, como se o gadget vai molhar durante a chuva desapareçam. Uma informação importante pode passar despercebida. Para que não ocorram danos, as duas tampas devem estar sempre vedadas na hora de mergulhar com o Z Ultra.
Na piscina ou no mar, o toque desaparece e, como não há botão dedicado para a câmera, é necessário entrar na água já filmando, ou então alterar a função do botão de bloquear a tela para a captura de imagem.
É difícil não ser atraído pela tela de 6,4 polegadas. Com resolução de 1.920 por 1.080 pixels, oferece a maior densidade entre os tablets já testados pelo INFOlab, superando inclusive a tela retina do iPad. O contraste é intenso e as cores são vivas. O brilho é intenso e facilita o uso mesmo em dias ensolarados.
Há, entretanto, o outro lado. Aplicações mal preparadas para essa densidade de pixels exibem um resultado ruim. Um exemplo claro é a TV digital no padrão 1-seg. Além da tecnologia Triluminous Display, a tela se beneficia de uma evolução da Bravia Engine, que a Sony chama de X-Reality. Essencialmente, ela decompõe o sinal de video em vários componentes (texturas, cor, contraste, etc) e processa cada um deles individualmente. Honestamente, é difícil dizer quanto da qualidade do display se deve ao X-Reality, pois os componentes em si já são muito bons. Por fim, vale notar que ele não tem os mesmos problemas de ângulo de visão do Xperia Z.
http://videos.abril.com.br/info/id/7d1d99edbe1a5d4ed7e64e5d6dff1c42
O Z Ultra, em menor ou maior grau, se comunica com outros aparelhos da Sony. A adaptação do Android segue a linha do Xperia ZQ, com um layout próprio e muitos aplicativos proprietários. Mas, justiça seja feita, há um grande número de atalhos que tornam o sistema mais ágil.
Para os fãs dos games, o Z Ultra traz um menu de configuração especial para parear o tablet com um controle DualShock 3, de PlayStation 3.
Em uma jogada estilo Samsung, a Sony incluiu uma série de mini aplicativos. Mas há uma diferença: qualquer widget pode ser transformado em mini aplicativo. Paralelemente, ele tem uma guia de configuração no próprio telefone, que ajuda o usuário a fazer a sincronia com contas online e ingressar em uma rede Wi-Fi.
Entre os aplicativos instalados estão:
Sony Select - Curadoria de aplicativos, com alguns programas exclusivos;
TV digital - aplicativo que utiliza a antena de TV 1-seg, permite gravar programas desde que um microSD esteja instalado;
TV SideView - Hub de mídia, com funções como controle de DLNA / Miracast e guia de mídia (muito completo, com canais nacionais e até pay per view da Net);
Walkman - player de música tradicional da Sony, integra algumas funções sociais (compartilha musicas reproduzidas no Facebook)
Music Unlimited - serviço de streaming de música;
Social Life - uma espécie de hub de redes sociais e feeds de RSS, herdeiro do TimeScape, mas com um visual interessante;
Smart Conect - aplicativo de automatização que permite que o usuário crie eventos programados para acontecer quando um periférico é conectado ao tablet (P2 ou Bluetooth); Rascunho - aplicativo de desenho bem simples de se usar;
Nos programas de benchmark, que avaliam o desempenho do gadget, o Z Ultra é imbatível. Superou os números do Galaxy S4 e de todos os concorrentes topo de linha do mundo dos smartphones e tablets. No Quadrant, o tablet da Sony atingiu 20.553 pontos, contra 12.588 do Galaxy S4. No AnTuTu, o Z Ultra atingiu 30.296 pontos contra 25.001 do smartphone da Samsung.
Comparado a um smartphone, o Z Ultra não é nada especial quando o assunto é câmera, mas é um dos melhores (se não o melhor) tablet nesse sentido. Tanto a câmera frontal como a traseira fazem um bom tralho. O ruído e os pixels borrados aparecem na imagem desde o ISO 100, mesmo em velocidades como 1/320s, mas nada que fuja ao padrão dos dispositivos móveis.
A forma do tablet dificulta a empunhadura, o que piora a situação. Apesar disso, a reprodução de cor e a gama dinâmica superam a maioria dos smartphones. A performance de vídeo é melhor, mas não é espetacular. Um destaque é a estabilização de imagem por software.
A interface de câmera é muito similar à das Cyber-Shot. Um toque legal é a presença de várias opções no modo de vídeo, incluindo cenas.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=We1aUbu5AUk?rel=0%5D
O Xperia Z Ultra chega às lojas brasileiras em outubro. O preço do aparelho ainda não foi revelado. Assim com toda a linha Sony, a fabricação será nacional.
Tela | 6,4 |
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Processador | Snapdragon 800 Krait 400 quad core 2,15 GHz |
Armazenamento | 16 GB + microSD |
Conexão | 4G (LTE), Wi-Fi, Bluetooth, GPS e NFC |
Peso | 211 g |
SO | Android 4.2 |
Duração de bateria | 7h23min |
Prós | Configuração excelente; LTE categoria 4 em quase todas as frequências; uma das melhores telas de dispositivos móveis; câmera de qualidade; boa interface; bonito e sólido (IP55); TV digital; |
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Contras | Sinal de TV 1-seg fica feio na tela 1080p; só 16 GB de armazenamento interno; |
Conclusão | Tablet mais completo e com o melhor desempenho do mundo Android. Solução de ligações é interessante e prática. |
Configuração | 9,5 |
Usabilidade | 9,2 |
Bateria | 7,9 |
Design | 9 |
Média | 8.7 |
Preço | R$ 2.199 |