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Reações do cérebro poderão ser usadas como senhas no futuro, diz estudo

Pesquisadores espanhóis usaram as reações cerebrais a determinadas palavras como identificação pessoal

cerebro (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 09h29.

A ciência conseguiu usar quase todas as partes do corpo humano para identificar uma pessoa: impressões digitais, íris, retina, rosto, batimentos cardíacos. Agora, chegou a vez do cérebro, após pesquisadores anunciarem que conseguiram utilizar as reações cerebrais a determinadas palavras como identificação pessoal.

O neurocientista Blair Armstrong e sua equipe de pesquisadores do Centro Basco de Cognição, Cérebro e Linguagem na Espanha, observaram os sinais emitidos pelo cérebro de 45 pessoas enquanto elas liam uma lista de 45 acrônimos, como FBI e DVD.

O cérebro emite sinais característicos, que os pesquisadores espanhóis chamam de "impressões cerebrais", que assim como as digitais, são únicas em cada indivíduo. Mas como é impraticável registrar os sinais emitidos por todo o cérebro, a equipe de Armstrong decidiu se focar na parte do cérebro relacionada com a leitura e reconhecimento de palavras.

Nessa região cerebral, os sinais são gerados quando uma pessoa acessa suas memórias semânticas, ligadas ao significado das palavras. Enquanto as memórias episódicas, por exemplo, registram nossas experiências, a memória semântica grava o significado de palavras específicas.

Segundo a revista New Scientist, os cientistas descobriram que os cérebros dos voluntários reagiram de forma diferente a cada uma das palavras. Os sinais cerebrais gerados foram suficientes para definir a identidade dos participantes do estudo com 94% de precisão. Seis meses depois, os testes foram repetidos e os resultados foram os mesmos.

As “impressões cerebrais” ainda não irão substituir as digitais para destravar smartphones. Para obtê-las ainda é necessário que a pessoa esteja ligada a um sistema com eletrodos para que o método funcione.

Mas Armstrong acredita que a técnica poderá ser refinada e torne-se uma alternativa viável para outros tipos de identificação biométrica.

Fonte: New Scientist

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