Microsoft enterra rumores de compra do Yahoo
Após adquirir a aQuantive, empresa afirma possuir todas as peças para avançar no mercado de publicidade online
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
A Microsoft jogou uma pá de cal nos boatos de que estaria negociando a compra do Yahoo. Os rumores surgiram no início de maio, quando o jornal americano New York Post divulgou que a empresa teria iniciado conversas com o Yahoo para uma eventual aquisição. Nesta quarta-feira (23/5), porém, a companhia negou veementemente que a intenção exista. "O Yahoo possui um grande negócio, mas nós somos maiores globalmente. Temos meio bilhão de usuários", afirmou Yusuf Mehdi, estrategista-chefe da área de publicidade da Microsoft, durante conferência realizada pelo banco Goldman Sachs.
De acordo com o americano The Wall Street Journal, Mehdi não descartou eventuais aquisições de pequenas companhias do setor, mas considera que os principais elementos para avançar no mercado de publicidade online já estejam à mão. "Acreditamos que já temos todas as peças para alcançar nossos objetivos", disse. O valor de mercado do Yahoo é de aproximadamente 40 bilhões de dólares.
Em 18 de maio, a Microsoft anunciou a compra da aQuantive, empresa especializada em publicidade digital. O negócio, de 6 bilhões de dólares, é o maior já realizado pela companhia e marca a reação da Microsoft, depois de perder a corrida pela DoubleClick, outra empresa de propaganda online, para o Google.
O Yahoo era apontado pelos analistas como um alvo óbvio da Microsoft. Com a compra, a Microsoft passaria a deter 38,4% do mercado americano de propaganda digital, praticamente o triplo do que possui hoje. O Google conta com 48,3%. A compra do Yahoo deixaria a Microsoft em condições reais de desafiar o Google. Para Mehdi, da Microsoft, o mercado de publicidade online ainda não está consolidado e há espaço para crescer. "O Google é um bom produto e uma boa marca, e não podemos apenas persegui-lo. Temos de fazer algo grande e diferente. E isso ainda não foi feito, de fato", disse.