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Medo de crimes cibernéticos pode barrar avanços tecnológicos

As ameaças representadas pelos crimes cibernéticos não devem ser menosprezadas, mas estão sendo exageradas em prejuízo dos negócios. Segundo análise do Financial Times, o silêncio das companhias atacadas -- que preferem evitar publicidade em torno de falhas de segurança --, pode até conduzir a uma avaliação irrealista do cenário. Estimativas da Symantec indicam que o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h39.

As ameaças representadas pelos crimes cibernéticos não devem ser menosprezadas, mas estão sendo exageradas em prejuízo dos negócios. Segundo análise do Financial Times, o silêncio das companhias atacadas -- que preferem evitar publicidade em torno de falhas de segurança --, pode até conduzir a uma avaliação irrealista do cenário. Estimativas da Symantec indicam que o número de ameaças embutidas em mensagens de correio eletrônico cresceram 400% no ano passado. Os laboratórios da Symantec recebem de seus clientes mensalmente entre 200 000 e 250 000 códigos que podem conter dispositivos nocivos ao sistema, inclusive para roubar dados pessoais.

Mas as companhias devem acautelar-se para que o receio de crimes cibernéticos não se torne barreira para a inovação tecnológica. De acordo com o Gartner, empresa de pesquisas na área de tecnologia, os riscos associados a uma série de novas tecnologias estão sendo muito exagerados. O medo, assim, está impedindo as empresas de absorver e empregar inovações que poderiam ajudá-las a entrar em novos mercados ou a tornar sua operação mais eficiente.

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Segundo os pesquisadores John Pescatore e Lawrence Orans, do Gartner, um dos exageros em curso é o associado à tecnologia de voz sobre protocolo de internet (VoIP). "Têm surgido artigos na imprensa especializada sobre grampos em chamadas IP, mas isso é altamente improvável", diz Orans. Detectar grampos em sistemas de telefonia analógica, além disso, seria de certo modo mais difícil do que em ambientes digitais.

Outro mito seria que o tráfego corporativo e comercial na internet não é confiável devido à proliferação de vírus. "Não se afaste da rede como canal para negócios", diz Orans. "Houve problemas há alguns anos, mas agora sabemos como responder às ameaças e como adotar as precauções adequadas."

Os esforços de regulamentação também podem surtir efeito contrário. "Regulação muitas vezes conduz a um aumento de relatórios de prestação de contas, mas isso não é o mesmo que aumento de segurança", afirma Orans

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