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InterSystems cresce com nova geração de banco de dados

A proliferação de diferentes softwares e hardwares no ambiente corporativo criou um nó tecnológico que agora precisa ser desatado pelas empresas. É cada vez mais complicado acessar e manipular as informações armazenadas nos diversos sistemas. No centro desse quebra-cabeça estão os bancos de dados, espécie de memória eletrônica que guarda as informações vitais de um […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h40.

A proliferação de diferentes softwares e hardwares no ambiente corporativo criou um nó tecnológico que agora precisa ser desatado pelas empresas. É cada vez mais complicado acessar e manipular as informações armazenadas nos diversos sistemas. No centro desse quebra-cabeça estão os bancos de dados, espécie de memória eletrônica que guarda as informações vitais de um negócio. Depois de muitos anos de evolução, eles se tornaram rápidos e confiáveis. Agora, porém, começam a encontrar suas limitações. A boa notícia é que uma nova geração de softwares para criação e manutenção de banco de dados já está a caminho. Em um mercado dominado por gigantes como Oracle, IBM e Microsoft, uma empresa ainda pouco conhecida começa a ganhar espaço.

A InterSystems foi fundada em 1978 por Phillip Terry Ragon, um físico formado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Sediada em Cambridge, nos Estados Unidos, a empresa, hoje, tem clientes em 88 países. No Brasil, faturou 4,5 milhões de dólares em 2001. Nada mal para o primeiro ano de operação do escritório local, comandado pelo executivo Carlos Eduardo Khül Nogueira. O bom resultado rendeu a Nogueira a posição de diretor executivo para a América Latina. "Nossa meta é que a região represente cerca de 5% do faturamento global dentro de dois anos", diz Nogueira. No Brasil, a empresa já tem clientes como Petrobras Distribuidora, Ibope.com, Construbid, Hospital Albert Einstein e Laboratórios Fleury.

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Por que essas e outras empresas escolheram os programas da InterSystems e não os da concorrência os pesos-pesados já citados acima? Por muitos anos, os bancos de dados convencionais deram conta do recado. Chamados de bancos de dados relacionais, eles são basicamente tabelas em que linhas e colunas definem as características das informações armazenadas. Essa tecnologia começou a enfrentar dificuldades à medida que os dados e as relações que se desejavam estabelecer entre eles tornaram-se mais complicados. Programas CAD (sigla em inglês para computer- aided design, ou projeto auxiliado por computador), sistemas multimídia e aplicações médicas exigem bancos de dados cada vez mais sofisticados. Isso sem falar na Internet. "Ela criou uma complexidade monumental", diz Nogueira. "Os bancos de dados precisam agüentar milhões de transações simultâneas e lógicas cada vez mais intrincadas."

Foi então que a tecnologia de banco de dados incorporou um elemento-chave do mundo da programação: o conceito de objetos. É nessa nova geração de banco de dados orientados a objeto que a InterSystems aposta. Ela torna possível organizar e manipular informações complexas de forma mais eficaz que os bancos relacionais. Nos Estados Unidos, os sistemas da InterSystems são usados por 80% dos hospitais e laboratórios de análises clínicas.

A empresa, porém, ainda tem um longo caminho a percorrer. A concorrência não está parada, e já oferece sistemas que incluem orientação a objetos. Mas, diferentemente do Caché, o principal produto da InterSystems, os sistemas concorrentes têm apenas uma camada de objetos em cima do bom e velho banco relacional. É um páreo duro. No mercado de tecnologia, a InterSystems sabe que a qualquer momento pode se ver nas garras de algum gigante do software, como aconteceu com a Informix, comprada pela IBM. Ou pode ainda ser obrigada a mudar de ramo de uma hora para outra, como aconteceu com a Sybase, outra ex-estrela dos bancos de dados.

John Gantz, diretor de pesquisas e vice-presidente do IDC escreveu um artigo na revista Computerworld intitulado "Os bancos de dados relacionais deixarão rastros de dinossauro?". No artigo, que Gantz escreveu depois de participar de um seminário da InterSystems, ele diz: "Eu não sei se será o Caché que mudará o banco de dados relacional como o conhecemos, mas algo que seja muitas vezes mais rápido e que possa armazenar e manipular milhões de objetos ao mesmo tempo será necessário." O artigo é de 1999. Terá chegado a vez da InterSystems?

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