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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h40.
Nos próximos cinco anos, o investimento anual do governo federal em tecnologia vai utrapassar 1 bilhão de dólares (se você é assinante de EXAME, leia reportagem sobre o aumento dos gastos corporativos em tecnologia de informação (TI)). Segundo estimativa da consultoria Frost & Sullivan, em 2009 o gasto total do governo em TI será de aproximadamente 1,2 bilhão de dólares. Na projeção, entram tanto os gastos com aquisição de hardware e equipamentos de rede quanto os investimentos em desenvolvimento de software e compra de licenças de uso de programas. O total investido ano passado foi de 634 milhões de dólares, 9% mais do que em 2003, com destaque para os órgãos públicos relacionados a assuntos fiscais e orçamentários.
Segundo Alex Zago, analista da Frost & Sullivan, uma das dificuldades para melhorar o aproveitamento das tecnologias na gestão pública é a extrema descentralização das decisões na área de TI. A falta de redes interligando órgãos de governo causa desperdícios em ligações telefônicas, por exemplo. Por outro lado, segundo o governo o emprego de sofware livre gerou uma economia de 10 milhões de dólares no ano passado.
Apesar da economia, 90% das licenças em vigor na gestão pública federal ainda são de softwares proprietários. "Este é um assunto complicado. É óbvio que software livre traz economia em licenças de uso, o problema é que ele requer investimentos extras em treinamento." Mais uma vez, não há uma política nacional delineada, e cada órgão de governo decide o que fazer. Este ambiente heterogêneo também pode ser ilustrado por casos na esfera estadual. Ao mesmo tempo em que 100% dos aplicativos que rodam na Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) são baseados em software livre, o Tribunal de Justiça paulista decidiu recentemente comprar 30 mil licenças de Windows XP, da Microsoft, considerando essa solução mais econômica por dispensar retreinamento.