(Getty Images/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 10h24.
Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 17h49.
Viver uma "vida virtual" parece algo de ficção científica exclusivo para gamers. Mas desde que o Facebook anunciou a mudança do nome de sua empresa-mãe para Meta Platforms Inc., a atenção de todos - mesmo daqueles que nunca trabalharam com tecnologia - tem se voltado para o metaverso.
Criticado por muitos por ser uma ferramenta para “fugir da realidade” ou apenas para jogar videogames, o metaverso nada mais é que um espaço virtual compartilhado que é hiper-realista, imersivo e interativo, e que abre portas para inúmeras possibilidades de uso.
Em 2021, por exemplo, o metaverso The Sandbox movimentou em uma semana mais de US$600 milhões com vendas de terrenos virtuais. Por lá, o proprietário da terra, assim como na vida real, pode criar seus próprios projetos dentro do terreno e monetizar o espaço - como um salão de eventos, uma loja ou através do aluguel da terra para outro jogador.
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No entanto, de nada adianta conhecer as possibilidades se você não souber como entrar no metaverso para aproveitá-las. Até o final deste artigo, você entenderá em detalhes como funciona o metaverso, o que você pode fazer dentro dele e, principalmente, como entrar no metaverso, na prática.
Antes de mais nada, precisamos entender que “metaverso” não é um conceito tão recente quanto imaginamos. Ele foi cunhado pela primeira vez por Neal Stephenson em seu romance Snow Crash (1992), em que ele imaginou um ambiente paralelo à internet onde as pessoas poderiam usar avatares para interagir umas com as outras. Coincidência ou não, isso é exatamente o que o Facebook vem tentando fazer através do seu metaverso.
Além disso, é importante saber que não existe apenas um metaverso, mas muitos. Ou seja, existem vários mundos virtuais dentro de um metaverso, onde as pessoas se envolvem em uma ampla gama de atividades que são resultado de uma mistura entre o físico e o digital.
Na prática, em vez de ficar olhando para uma tela o dia todo - como você está fazendo agora -, em um metaverso você poderá estar por dentro de todas as suas experiências online, como fazer compras, encontrar amigos e familiares, ir a um show e até mesmo assinar contratos de forma imersiva.
No metaverso, não existem limites físicos, de quantidade de pessoas online ou de quais atividades podem ocorrer lá dentro - o que amplia, de forma significativa, as suas possibilidades.
Por lá, também não existe dono. O metaverso não pertence a uma corporação ou a uma única plataforma, mas sim aos usuários, que detém e podem controlar os seus próprios dados (a grande aliada para isso é a tecnologia Blockchain).
E, por fim, os participantes do metaverso podem se envolver em economias virtuais descentralizadas, que são alimentadas por criptomoedas (essa parte será importante na hora de entrarmos lá), possibilitando a compra, venda e troca de itens como roupas, avatares, NFTs, terrenos e ingressos de eventos.
Parece muito com o mundo em que já vivemos, não?
Basicamente, tudo que você já faz no mundo real. Pense em qualquer atividade humana e, certamente, ela será possível dentro do metaverso. Desde estudar, fazer compras e realizar reuniões, até participar de shows, conhecer seus artistas preferidos e realizar cirurgias, por exemplo.
Agora que você entendeu como funciona o metaverso e decidiu dar o primeiro passo para explorar as suas possibilidades, vamos entender como ingressar nele em 5 passos práticos.
Mas atenção: esse é um passo a passo simplificado para iniciantes, caso você queira ter acesso a um conteúdo gratuito mais detalhado sobre o assunto, clique aqui.
Por se tratar de um mundo virtual com muitos recursos de interatividade e animação, o metaverso exige que você tenha uma conexão estável de internet (agora, com a chegada do 5G no Brasil, isso tende a ficar ainda melhor). Quanto pior for a sua conexão com a internet, mais lenta será a transferência de dados e pior será a sua experiência no metaverso.
Para começar, você precisa de hardware. A boa notícia é que você não precisa sair e comprar um equipamento de alta tecnologia que provavelmente custará boas centenas de reais. Apenas o seu smartphone já é suficiente para entrar em um metaverso. No entanto, quanto menos equipamentos você tiver, mais prejudicada ficará a ‘experiência meta’, afinal, estará perdendo o aspecto de imersão do metaverso, que é realmente o que torna tudo tão espetacular.
O smartphone é ótimo para uma prévia, mas a experiência completa exigirá outros acessórios como um fone de ouvido de realidade virtual ou um par de óculos inteligentes. Quanto melhores forem os seus recursos, mais imersiva e real será a experiência, mas o acesso é possível mesmo sem equipamento algum.
Para uma experiência completa, mundos virtuais como o The Sandbox exigem que você tenha uma carteira digital de criptomoedas. As carteiras digitais funcionam como meio de armazenamento de criptomoedas através da tecnologia blockchain - um banco de dados descentralizado. Na prática, as carteiras são usadas para guardar moedas digitais e, principalmente, para usá-las como forma de pagamento sem a necessidade de intermediários, como corretoras.
Esse passo não é obrigatório para entrar no metaverso, mas é essencial para quem deseja viver a experiência completa dentro das plataformas.
Se estamos falando de um mundo virtual, um passo importante é criar o seu próprio avatar para que as pessoas te reconheçam dentro do metaverso. Para aqueles profissionais que trabalham de forma mais criativa, por exemplo, há a possibilidade de criar avatares excêntricos, com roupas e acessórios disruptivos.
As plataformas oferecem a opção de mudar seu cabelo, cor dos olhos, roupas e até mesmo acessórios para seu personagem. Se você não gostar do que seu personagem está vestindo, basta mudá-lo como quiser.
Para criar um avatar você deve escolher antes em qual ambiente virtual deseja ingressar. Hoje, as duas plataformas mais usadas para acessar o metaverso são a Descentraland e o The Sandbox.
Com centenas de possibilidades, a melhor opção é começar a explorá-las na prática. Participe de jogos, entenda como se locomover, como interagir com outros usuários e reflita, aos poucos, sobre como esse mundo imersivo poderia fazer parte da sua vida de forma concreta, seja para o dia a dia, ou seja para o trabalho.
Esse guia básico foi pensado para que você tenha confiança para dar os primeiros passos e comece a entender como funciona essa nova tecnologia. Mas também preparamos, de forma gratuita, um conteúdo muito mais aprofundado sobre o tema.
Para saber mais sobre como aproveitar todas as possibilidades que o metaverso pode trazer para a sua vida pessoal e profissional nos próximos anos - e como se tornar um verdadeiro expert nesse assunto -, a EXAME apresenta, a partir de 3 de outubro, a série “Profissão Digital Manager”, 100% online.
A aula gratuita será ministradas pela CTO da Exame, Izabela Anholett, que vai te apresentar as mais diversas ferramentas e oportunidades disponíveis no metaverso. Izabela é graduada em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização em Gestão de Negócios pela FDC e Design Thinking pela ESPM e professora do Master em Digital Manager & Metaverso.