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Claro, TIM, Oi e Vivo pagam caro por licenças de terceira geração

Teles aceitaram pagar ágio de até 274% para oferecer serviços; leilão continua nesta quarta

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h40.

As quatros maiores operadoras de telefonia celular do país pagaram caro pelas licenças para operar telefonia celular de terceira geração. Em leilão promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em Brasília, a Claro aceitou pagar ágio de 273,92% sobre o preço mínimo para comprar a licença da área 1 (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe). A empresa pagou R$ 612 milhões pelo lote. Foi o maior valor e também o maior ágio pago dentre as cinco licenças leiloadas nesta terça-feira. Devido à forte disputa, o leilão demorou mais que o esperado e as demais licenças serão disputadas somente nesta quarta.

Os outros três lotes leiloados da área 1 foram vencidos por TIM, Oi e Vivo. A TIM pagou R$ 528 milhões pela licença (ágio de 222,6%). Antes disso, a Oi havia pago R$ 467,9 milhões (ágio de 90,59%) e a Vivo, R$ 310,3 milhões (ágio de 89,62%).

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Já a primeira licença da área 2 (regiões Sul e Centro-Oeste, Tocantins, Rondônia e Acre) foi comprada pela Vivo. A proposta foi de R$ 528,2 milhões pelo lote, o que corresponde a um ágio de 132,20% sobre o preço mínimo de R$ 227,472 milhões estabelecido pela Anatel.

A disputa será retomada nesta quarta-feira, a partir das 9h, quando deverão ser leiloadas as outras três licenças da Área 2 e, em seguida, a Anatel oferecerá as licenças para a Área 3, que engloba a região metropolitana de São Paulo e Estados da região Norte.

Apesar de ter participado intensamente da disputa, a Nextel não levou nenhum lote nesta terça.

O leilão

Nove empresas - Brasil Telecom, Claro, CTBC Celular, Nextel, Telemig Celular, Tim Celular, Oi e Vivo - disputam os 36 lotes em 11 áreas de prestação do serviço de terceira geração de telefonia celular. O leilão começou às 10h, no auditório do Espaço Cultural Anatel, em Brasília.

Das faixas destinadas pela Anatel para os serviços móveis, nas freqüências de 1,9 e 2,1 gigahertz (GHz), quatro serão licitadas no edital de hoje (bandas F, G, I, J). A banda H deverá ser disponibilizada em um segundo momento. A reserva da banda H visa permitir a entrada de novas operadoras no mercado ou de empresas menores que, eventualmente, não consigam comprar faixas neste primeiro leilão. Com essa licitação, o Brasil será dotado por uma grande rede de banda larga sem fio.

Cobertura

Entre as novidades desta licitação, encontram-se as obrigações de abrangência na prestação do serviço a serem cumpridas nos primeiros oito anos após a assinatura dos termos de autorização. A Anatel optou por enfatizar as obrigações, em especial aquelas que dizem respeito à cobertura dos pequenos municípios. Em dois anos, todas as cidades brasileiras terão cobertura para serviços de telefonia celular.

Para atender aos municípios menores, as operadoras poderão optar por utilizar rede particular - nesse caso, cada empresa terá obrigação de atender a 25% das cidades da região - ou por rede compartilhada, operada por terceiros - dessa forma, as autorizadas das quatro faixas deverão cobrir 100% dos municípios da região.

A idéia é de que, também no período de dois anos, todas as capitais dos Estados, o Distrito Federal e as cidades com mais de 500 mil habitantes terão cobertura total (por definição, cobertura total corresponde a 80% da área urbana) para serviços de banda larga móvel. Ao fim de quatro anos, todos os municípios com mais de 200 mil habitantes deverão estar cobertos pela banda larga sem fio. Passados cinco anos, 50% dos municípios com população entre 30 mil e 100 mil habitantes e 100% daqueles acima desta faixa estarão aptos a utilizar esses serviços. Ao fim do oitavo ano, pelo menos 60% dos municípios com menos de 30 mil habitantes terão a tecnologia disponível. Ao todo, cerca de 3.800 municípios brasileiros serão atendidos com os serviços de banda larga sem fio.

Áreas

Outra novidade do edital é a junção de áreas de prestação de elevado interesse com áreas menos atrativas. As prestadoras que obtiverem o lote referente à região metropolitana de São Paulo deverão adquirir, também, lotes que englobam a região amazônica (Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Roraima). As adquirentes dos lotes que abarcam o interior paulista deverão, por sua vez, comprar faixas na região nordeste.

*Com informações da Agência Estado

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