Aumentam denúncias vinculadas ao Tinder no Reino Unido
Entre as denúncias há casos de violação, assédio sexual a menores e tentativa de assassinato
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 10h46.
Londres - O número de supostos delitos que envolvem pessoas que usam redes sociais de encontros como Tinder e Grindr aumentou vezes sete em dois anos no Reino Unido , segundo a polícia britânica.
Entre as denúncias há casos de violação, assédio sexual a menores e tentativa de assassinato, fatos perante os quais alguns especialistas pediram às autoridades que lancem uma campanha para conscientizar sobre o perigo de falar com estranhos através destas páginas.
Segundo apontam, os usuários são vulneráveis à "extorsão sexual" e estes números podem representar "só a ponta do iceberg" do problema, já que muitas vítimas sentem medo ou vergonha de ligar para a polícia.
Em 2013 houve 55 denúncias na Inglaterra e Gales relacionadas com Grindr ou Tinder, enquanto em 2014, o número de acusações aumentou para 204, e para 412 em 2015 até o mês de outubro, segundo a polícia.
Neste ano houve no total 277 casos nos quais a rede social Tinder foi mencionada, muito acima dos 21 do ano 2013, e 135 nos quais falava-se do Grindr, em comparação com as 34 denúncias de 2013.
As acusações por delitos sexuais ou violentos foram os mais comuns, com 253 alegações de violência e 152 relatórios de crimes sexuais, incluídos assédio a menores, violação e exploração infantil.
Os números policiais provêm de denúncias nas quais estas aplicações foram citadas, mas não significa automaticamente que a plataforma fosse usada diretamente pelo acusado.
No entanto, há outros supostos casos documentados nos quais o delinquente é acusado de atuar de maneira direta através destes serviços de encontros.
O Conselho Nacional de Chefes de Polícia do Reino Unido encorajou as vítimas a denunciarem os ataques e buscar apoio, e aconselhou aos usuários que não compartilhem informação pessoal com ninguém até que tenham certeza de com quem se estão comunicando.
*Atualização de EXAME.com às 11h45 do dia 12 de janeiro: O Tinder enviou um comunicado oficial sobre o assunto. Ele está na íntegra a seguir: "Pessoas mal intencionadas existem em cafeterias, livrarias, nas redes sociais e em aplicativos. O Tinder se tornou uma das maiores plataformas sociais do mundo, responsável por 10 bilhões de conexões nos últimos anos e, apesar de não estarmos imunes a estas pessoas, é fato que elas representam uma minúscula parcela das nossas experiências. Nós levamos a segurança de nossos usuários muito a sério e continuamos a alertá-los sobre a importância de estarem sempre alertas, prestando atenção nas nossas dicas básicas de segurança ( https://www.gotinder.com/safety ), usando o senso comum nas interações e reportando qualquer atividade suspeita na opção “Denúncia”, no menu disponível na tela de conversas."
Londres - O número de supostos delitos que envolvem pessoas que usam redes sociais de encontros como Tinder e Grindr aumentou vezes sete em dois anos no Reino Unido , segundo a polícia britânica.
Entre as denúncias há casos de violação, assédio sexual a menores e tentativa de assassinato, fatos perante os quais alguns especialistas pediram às autoridades que lancem uma campanha para conscientizar sobre o perigo de falar com estranhos através destas páginas.
Segundo apontam, os usuários são vulneráveis à "extorsão sexual" e estes números podem representar "só a ponta do iceberg" do problema, já que muitas vítimas sentem medo ou vergonha de ligar para a polícia.
Em 2013 houve 55 denúncias na Inglaterra e Gales relacionadas com Grindr ou Tinder, enquanto em 2014, o número de acusações aumentou para 204, e para 412 em 2015 até o mês de outubro, segundo a polícia.
Neste ano houve no total 277 casos nos quais a rede social Tinder foi mencionada, muito acima dos 21 do ano 2013, e 135 nos quais falava-se do Grindr, em comparação com as 34 denúncias de 2013.
As acusações por delitos sexuais ou violentos foram os mais comuns, com 253 alegações de violência e 152 relatórios de crimes sexuais, incluídos assédio a menores, violação e exploração infantil.
Os números policiais provêm de denúncias nas quais estas aplicações foram citadas, mas não significa automaticamente que a plataforma fosse usada diretamente pelo acusado.
No entanto, há outros supostos casos documentados nos quais o delinquente é acusado de atuar de maneira direta através destes serviços de encontros.
O Conselho Nacional de Chefes de Polícia do Reino Unido encorajou as vítimas a denunciarem os ataques e buscar apoio, e aconselhou aos usuários que não compartilhem informação pessoal com ninguém até que tenham certeza de com quem se estão comunicando.
*Atualização de EXAME.com às 11h45 do dia 12 de janeiro: O Tinder enviou um comunicado oficial sobre o assunto. Ele está na íntegra a seguir: "Pessoas mal intencionadas existem em cafeterias, livrarias, nas redes sociais e em aplicativos. O Tinder se tornou uma das maiores plataformas sociais do mundo, responsável por 10 bilhões de conexões nos últimos anos e, apesar de não estarmos imunes a estas pessoas, é fato que elas representam uma minúscula parcela das nossas experiências. Nós levamos a segurança de nossos usuários muito a sério e continuamos a alertá-los sobre a importância de estarem sempre alertas, prestando atenção nas nossas dicas básicas de segurança ( https://www.gotinder.com/safety ), usando o senso comum nas interações e reportando qualquer atividade suspeita na opção “Denúncia”, no menu disponível na tela de conversas."