aplicativos (afp.com / Jewel Samad)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Washington - Os adolescentes dos Estados Unidos adoram os aplicativos para smartphones, mas muitos os desativam por temores relacionados a sua privacidade e ao rastreamento de sua localização, indica uma pesquisa publicada nesta quinta-feira.
Um estudo do Pew Research Center constatou que 58% dos adolescentes americanos pesquisados baixaram aplicativos para seus celulares ou tablets, mas a metade dos usuários evitava seu uso por preocupações quanto à privacidade.
A pesquisa, realizada junto ao Centro Berkman para Internet e Sociedade da Universidade de Harvard, revelou que 26% dos adolescentes usuários de aplicativos desativou um deles ao perceber que recolhia informação pessoal que não desejava compartilhar.
Quase a metade dos usuários de aplicativos desativaram a função de rastreamento de localização em seu telefone celular ou em um aplicativo por preocupações pela privacidade de sua informação, indicou o Pew.
"Os adolescentes usuários de aplicativos de entre 12 e 13 anos têm mais chances que os adolescentes usuários de aplicativos de 14 a 17 anos de dizer que evitaram aplicativos devido a temores pela troca de informação pessoal", escreveram os pesquisadores.
"Os meninos e as meninas têm as mesmas chances de evitar certos aplicativos por estas razões. Não há pautas claras de variação de acordo com a renda dos pais, do nível de educação ou da raça e origem étnica", acrescentou.
No entanto, a pesquisa detectou que as mulheres são muito mais propensas que os homens - 59% a 37% - de dizer que desabilitaram as funções de rastreamento de localização.
Segundo os pesquisadores, os adolescentes podem estar preocupados não apenas pela perseguição dos anunciantes e das empresas, mas também de seus próprios pais. Uma pesquisa de 2009 do Pew indicou que metade dos pais de adolescentes que possuíam telefones celulares disseram ter utilizado o aparelho para controlar a localização de seus filhos.
Entre os adolescentes americanos, 78% têm telefone celular e 23% possuem tablets, enquanto 82% têm ao menos um destes dispositivos móveis.
O relatório se baseia em uma pesquisa com 668 participantes de entre 12 e 17 anos realizada de 26 de julho a 30 de setembro de 2012.