Revista Exame

Um Carnaval em tempos de guerra

Com tantas indefinições neste início de 2023, destacamos histórias de empresas que se transformam para crescer

Juliana Ferraz, da Holding Clube: negócio que começou no Camarote No 1 fatura 330 milhões de reais  (Leandro Fonseca/Exame)

Juliana Ferraz, da Holding Clube: negócio que começou no Camarote No 1 fatura 330 milhões de reais (Leandro Fonseca/Exame)

Lucas Amorim
Lucas Amorim

Diretor de redação da Exame

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 06h00.

“Vamos esquecer os desenganos que passamos; viver a alegria que sonhamos durante o ano.” Na canção Dia de Graça, o sambista Candeia provoca os ouvintes a tornar todos os dias especiais, como são aqueles de Carnaval. Depois de dois anos de pandemia, brasileiros de Norte a Sul têm expectativas renovadas para os festejos de 2023. Para um conjunto de empresas, o Carnaval pode ser também um divisor de águas em um momento desafiador no mercado de consumo. E serve de contexto para esta edição da EXAME.­ O editor Leo Branco selecionou, na seção Primeiro Lugar, histórias de pequenas e médias empresas que se organizam para momentos de alta demanda, como este. Entre elas está a história de Juliana Ferraz, da Holding Clube, que transformou o Camarote No 1, nascido no Carnaval, num negócio anual­ que fatura 330 milhões de reais. Em outra direção, o grupo de moda Soma, que ilustra a capa desta edição, vai estrear no Carnaval do Rio em 2023. E tem a expectativa de que a visibilidade trazida em seu primeiro camarote será determinante para seus próximos passos. Entre eles está fazer da marca Farm um sucesso global, como contam Graziella Valenti,­ Ivan Padilla e Júlia Storch.

O Carnaval, como canta o samba de Candeia, vem num momento repleto de desenganos, no Brasil e no mundo. A expansão do Soma contrasta com um começo de ano difícil para o varejo, com vendas em baixa, dívidas em alta e o escândalo da Americanas dominando as manchetes. O ano também começou repleto de desafios na geopolítica global, com a guerra na Ucrânia completando um ano sem perspectivas de que esteja para acabar. Reportagem de Carolina Riveira mostra que as soluções possíveis para o conflito no campo militar estão repletas de incógnitas. Na economia, as cadeias de energia e de mercadorias de certa forma já se restabeleceram, mas de forma a acelerar a visão de que o mundo nunca mais será o mesmo. Que papel terão Rússia, Estados Unidos, China — Brasil — neste novo contexto? São questões em aberto até para os maiores estudiosos de geo­política. Até porque, como analisa Chris Blattman, da Universidade de Chicago, os dois lados ainda acreditam que podem vencer.

Às incertezas deste 2023 que começou há pouco mais de um mês e meio se somam as disrupções que serão causadas pelo ChatGPT. Detalhamos a parceria de Microsoft e OpenAI em outra reportagem desta edição. Como a inteligência artificial mudará carreiras, empregos e países? Com tanta indefinição no radar, fiquemos nas certezas. Roupas bonitas seguirão artigos de grande sucesso. E, no meio de tantos problemas, um Carnaval é mais do que bem-vindo.


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