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Será a vez de Palin?

No voto legislativo de novembro que renovou parte do Congresso americano, Barack Obama levou uma surra da oposição republicana — e a palavra foi escolhida por ele próprio. Não há dúvidas de que Obama tenha sido o grande perdedor da eleição, e parece cada vez mais claro que a grande vencedora foi Sarah Palin, a […]

Sarah Palin, a ex-candidata à vice-presidência dos EUA: mesmo sem concorrer a nada em novembro passado, foi presença requisitada nos palanques republicanos  (Chip Somodevilla/Getty Images)

Sarah Palin, a ex-candidata à vice-presidência dos EUA: mesmo sem concorrer a nada em novembro passado, foi presença requisitada nos palanques republicanos (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h40.

No voto legislativo de novembro que renovou parte do Congresso americano, Barack Obama levou uma surra da oposição republicana — e a palavra foi escolhida por ele próprio. Não há dúvidas de que Obama tenha sido o grande perdedor da eleição, e parece cada vez mais claro que a grande vencedora foi Sarah Palin, a ex-governadora do Alasca que irrompeu na cena política americana em 2008 como candidata a vice-presidente na chapa do republicano John McCain.

Palin não concorreu a nada em novembro, mas sua presença foi a mais requisitada nos palanques republicanos (enquanto muitos democratas tentavam se afastar de Obama). A pergunta que vai dominar o ambiente político americano em 2011 é: será que Palin vai ter um palanque próprio? Quando questionada a respeito de uma eventual disputa pela candidatura presidencial do Partido Republicano em 2012, Palin tergiversa. Mas sua presença na mídia é ostensiva.

Ela é comentarista do canal conservador Fox News, estrelou um reality show sobre sua família no Alasca e está viajando pelos Estados Unidos para promover seu novo livro, America By Heart (“América, de coração”, numa tradução livre). Palin também usa como poucos políticos americanos ferramentas como o Facebook e o Twitter. 

Apesar de ter sido decisiva na recente vitória republicana, Palin é vista com desconfiança pelo establishment conservador americano. Ela não opera dentro das regras tradicionais da política. Palin continua vivendo no Alasca e não se cansa de desdenhar “deles” — os políticos de Washington. Para além da defesa fervorosa de um governo pequeno (e com as contas em dia) e das manifestações contra o aborto, poucos sabem o que esperar de Sarah Palin como postulante ao cargo mais poderoso do mundo.

O problema é que “eles”, os políticos, especialmente os republicanos, não podem se dar ao luxo de criticar Palin, sob o risco de alienar parcela importante do eleitorado. Pesquisas mostram que Palin, hoje, não teria chances contra Obama. Mas a eleição só acontece daqui a dois anos — e foi em dois anos que ela se tornou uma das forças políticas mais importantes do país.

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