
Massa e seus sócios na casa, em São Paulo (Divulgação/Divulgação)
Não deve haver dois ofícios mais distantes um do outro. Como piloto da Fórmula E, modalidade que abraçou em 2018, Felipe Massa precisa manobrar um esportivo elétrico a até 225 quilômetros por hora, acatar as exigências dos patrocinadores e ainda seguir uma rotina puxada de exercícios e alimentação balanceada.
Como sócio de restaurante, o Beefbar, em São Paulo, com inauguração prevista para 20 de março, ele basicamente precisa emprestar seu nome ao empreendimento, deixar o dia a dia com quem entende do negócio e, futuramente, embolsar sua parte dos lucros.
O Beefbar foi fundado pelo restaurateur italiano Riccardo Giraudi em Monte Carlo, no principado de Mônaco, onde o ex-piloto de Fórmula 1 vive há 14 anos. As oito filiais em operação ficam em destinos badalados, como Mykonos e Saint-Tropez. Cliente assíduo da matriz, Massa propôs montar a versão paulistana em parceria com o irmão, Dudu Massa, que ajuda a gerir sua carreira.
Com o sinal verde de Giraudi, a dupla convidou o empresário Ruly Vieira, um dos sócios do Banana Café, para encabeçar o negócio. “O tipo de comida, a experiência e o serviço que o Beefbar proporciona não existem em São Paulo”, diz Massa.

A novidade vai ocupar um imóvel na mesma rua do D.O.M., do chef Alex Atala, nos Jardins. Como o nome indica, o foco são as carnes mais incensadas, como o wagyu japonês, o kobe beef e o black angus argentino. Os cortes chegam à mesa com uma cobertura crocante e interior suculento e também são usados no preparo de entradas de inspiração chinesa e mexicana.
Os drinques serão assinados pelo bartender Fabio La Pietra, o mesmo do SubAstor, e coube às arquitetas Georgia Loverdos, Carina Cogo e Maria Clara Spyer a responsabilidade de replicar a decoração requintada das demais unidades. O valor investido é mantido em sigilo.
É de perguntar se a presença de uma celebridade no quadro societário ajuda a fazer do restaurante um sucesso. “Como estratégia de marketing é ótimo, o problema é que normalmente quem busca esse tipo de sócio não se preocupa com a qualidade da entrega”, opina o chef e consultor Marcos Lee.
Nessa lista estão Robert De Niro, sócio da rede Nobu, com 40 restaurantes e 11 hotéis, e Bruno Gagliasso, do Le Manjue Organique e das filiais brasileiras das redes Burger Joint e Bagatelle. O mérito dessas ótimas casas é dos respectivos chefs. Mas os holofotes estão nos donos.