Como a cultura dos povos originários pode ser uma resposta à crise climática
Valorizar a sabedoria dos povos originários é essencial para a preservação da natureza e a contenção dos efeitos negativos das mudanças climáticas
Aldeia na região do Xingu, no Pará: áreas indígenas são as menos desmatadas do Brasil (Leandro Fonseca/Exame)
15 de dezembro de 2022, 06h00
Valorizar a sabedoria dos povos originários é essencial para a preservação da natureza e a contenção dos efeitos negativos das mudanças climáticas. O tema esteve em pauta na COP27, a conferência do clima realizada em novembro no Egito, e deve ficar ainda mais em evidência em 2023. Prova disso é um levantamento do MapBiomas, com base em imagens de satélites e em inteligência artificial: entre 1985 e 2020, as áreas mais preservadas do Brasil foram as indígenas, com desmatamento de só 1,6%.
Indígenas reivindicam a escuta ativa de governos, executivos e toda a sociedade civil, além de maior participação efetiva em espaços de decisão. “O Acordo de Paris e a Declaração de Nova York sobre Florestas já escreveram a importância do conhecimento tradicional como aliado do conhecimento científico, e a nossa intenção é dar a visibilidade de que não podemos estar fora das negociações e das tomadas de decisões”, diz Sonia Guajajara, liderança indígena e deputada federal eleita em 2022. A líder indígena Txaí Suruí reforça que os povos indígenas têm soluções para a crise climática. “Entre as muitas atividades sustentáveis que praticamos, o povo Paité Suruí é o primeiro do Brasil a trabalhar com crédito de carbono [desde 2012] e tem o quarto maior projeto do mundo desenvolvido por povos originários nessa frente. Esse é só um exemplo de como já sabemos das soluções que interessam a todos.”
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