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Portal da Índia, na cidade de Mumbai: menos de 1% no país paga imposto de renda (Divulgação/Getty Images)
Raphaela Sereno
Publicado em 28 de julho de 2017 às 06h00.
Última atualização em 28 de julho de 2017 às 06h00.
São Paulo — Durante séculos, mercadores europeus fizeram expedições em busca de produtos exóticos para revendê-los com lucros exorbitantes no Velho Mundo. Eles lançavam suas caravelas ao mar, navegavam em direção ao Oriente e, quando atracavam em um dos portos da rota das especiarias, podiam sentir a mistura de aromas de temperos e perfumes. Um dos principais destinos desses navegadores era a Índia, país que agora pretende tornar seu tradicional comércio mais competitivo ao lançar a maior reforma fiscal desde sua independência do Reino Unido em 1947. A expectativa do primeiro-ministro Narendra Modi é que as mudanças, que entraram em vigor em julho, simplifiquem o comércio, reduzam a informalidade na economia e aumentem a arrecadação de impostos para que o país possa investir mais em áreas como saúde, educação e infraestrutura. “Mais do que uma reforma econômica, esta é uma reforma social”, disse Modi ao anunciar as medidas.