Rede social Grouper faturou 2 milhões de dólares em 2012
O empreendedor americano Michael Waxman descobriu uma maneira de ganhar dinheiro arranjando happy hours com desconhecidos de acordo com suas afinidades
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2013 às 06h00.
São Paulo - Muitos empreendedores, nos últimos anos, criaram negócios aproveitando a popularidade alcançada pelo Facebook , que reúne mais de 1 bilhão de usuários no mundo. Esse é o caso da Grouper, projetada para servir de ponte para novas amizades usando dados que as pessoas armazenam voluntariamente na rede social .
Fundada em Nova York, em 2011, pelo americano Michael Waxman, de 26 anos, a Grouper promete colocar frente a frente homens e mulheres com gostos parecidos, mas que não se conhecem. Enquanto a maioria dos serviços de paquera online estimula que o primeiro flerte seja virtual (e depois os envolvidos avaliam se vale a pena marcar algo fora da internet), o método de Waxman garante que pelo menos um encontro presencial aconteça.
"Se o Facebook é a rede social para olhar as fotos da festa de ontem à noite, o Grouper é a festa em si", disse Waxman em entrevista ao portal americano Business Insider.
Primeiro, os interessados entram no site da Grouper e autorizam o acesso às informações de seu perfil no Facebook. Em seguida, um programa de computador faz uma triagem inicial classificando idades, preferências pessoais e localização. Numa terceira etapa, funcionários da Grouper analisam os dados e organizam encontros entre casais que apresentam interesses semelhantes.
"A seleção correta dos pares é essencial para o sucesso do negócio, e é por isso que, além da tecnologia, usamos pessoas para realizar essa tarefa", diz Waxman. Cabe à empresa escolher o local — normalmente um bar ou um restaurante informal — e conciliar as datas.
Para tornar o serviço mais seguro, a Grouper exige que cada participante leve mais dois amigos. A identidade de todos é mantida em sigilo até a hora do primeiro encontro. A empresa também criou um sistema de premiação. Ganha pontos quem não se atrasa para o encontro ou quem convida mais amigos para se inscrever no site.
Perde pontos quem for desrespeitoso ou cancelar sua participação de última hora. Os pontos podem ser revertidos em convites para festas, passagens aéreas e passeios de limusine.
A Grouper está num setor bastante promissor. Só nos Estados Unidos, os serviços de paquera online movimentam 2 bilhões de dólares por ano. Por muito tempo, a promessa foi que os algoritmos conseguiriam transformar estranhos em almas gêmeas. Agora, uma nova categoria de ferramentas, como a própria Grouper, está usando as redes sociais — em vez de apenas programas de computador — para ajudar os solteiros a encontrar sua cara-metade.
"O Facebook faz com que as pessoas se apresentem com seus nomes e preferências verdadeiros, e os serviços de namoro online estão aproveitando esse universo de informações", diz Waxman.
Formado em programação de softwares, Waxman criou a Grouper depois que se mudou de São Francisco, na Califórnia, para Nova York. "Estava à procura de novas amizades", diz Waxman. Ele próprio já comprovou a eficácia do negócio — conheceu sua atual namorada em um dos encontros intermediados pela empresa.
Waxman prefere classificar seu negócio como um “clube social”, e não como um site de namoro, que, na opinião dele, funciona como uma espécie de catálogo artificial onde as pessoas só publicam o que têm de melhor — fotos, viagens, baladas.
"Nosso método parece ser mais eficaz porque nos encontros presenciais e na companhia de amigos as pessoas se comportam de forma mais confortável e natural", diz Waxman. "Não existem rótulos, expectativas irreais nem a possibilidade de ser rejeitado." Caso o encontro não forme nenhum par romântico, a ideia é que todos tenham pelo menos uma história engraçada para contar depois.
A Grouper não revela suas receitas nem quantos eventos desses já conseguiu organizar. A empresa cobra 20 dólares de cada participante, o que soma 120 dólares por encontro realizado. Estimativas de mercado apontam que o negócio tenha faturado em torno de 2 milhões de dólares em 2012. No início do ano passado, a empresa recebeu um aporte de 400.000 dólares do Y Combinator, um dos fundos mais ativos do Vale do Silício, especializado em investir nos estágios iniciais de empresas emergentes.
Para aumentar as receitas, a Grouper prevê montar operações em mais 30 cidades do mundo até o fim deste ano, incluindo São Paulo. Até então, o serviço estava restrito a 12 cidades americanas. "Para ganhar escala e tornar o negócio saudável, é importante desbravar novos mercados", diz Waxman.
São Paulo - Muitos empreendedores, nos últimos anos, criaram negócios aproveitando a popularidade alcançada pelo Facebook , que reúne mais de 1 bilhão de usuários no mundo. Esse é o caso da Grouper, projetada para servir de ponte para novas amizades usando dados que as pessoas armazenam voluntariamente na rede social .
Fundada em Nova York, em 2011, pelo americano Michael Waxman, de 26 anos, a Grouper promete colocar frente a frente homens e mulheres com gostos parecidos, mas que não se conhecem. Enquanto a maioria dos serviços de paquera online estimula que o primeiro flerte seja virtual (e depois os envolvidos avaliam se vale a pena marcar algo fora da internet), o método de Waxman garante que pelo menos um encontro presencial aconteça.
"Se o Facebook é a rede social para olhar as fotos da festa de ontem à noite, o Grouper é a festa em si", disse Waxman em entrevista ao portal americano Business Insider.
Primeiro, os interessados entram no site da Grouper e autorizam o acesso às informações de seu perfil no Facebook. Em seguida, um programa de computador faz uma triagem inicial classificando idades, preferências pessoais e localização. Numa terceira etapa, funcionários da Grouper analisam os dados e organizam encontros entre casais que apresentam interesses semelhantes.
"A seleção correta dos pares é essencial para o sucesso do negócio, e é por isso que, além da tecnologia, usamos pessoas para realizar essa tarefa", diz Waxman. Cabe à empresa escolher o local — normalmente um bar ou um restaurante informal — e conciliar as datas.
Para tornar o serviço mais seguro, a Grouper exige que cada participante leve mais dois amigos. A identidade de todos é mantida em sigilo até a hora do primeiro encontro. A empresa também criou um sistema de premiação. Ganha pontos quem não se atrasa para o encontro ou quem convida mais amigos para se inscrever no site.
Perde pontos quem for desrespeitoso ou cancelar sua participação de última hora. Os pontos podem ser revertidos em convites para festas, passagens aéreas e passeios de limusine.
A Grouper está num setor bastante promissor. Só nos Estados Unidos, os serviços de paquera online movimentam 2 bilhões de dólares por ano. Por muito tempo, a promessa foi que os algoritmos conseguiriam transformar estranhos em almas gêmeas. Agora, uma nova categoria de ferramentas, como a própria Grouper, está usando as redes sociais — em vez de apenas programas de computador — para ajudar os solteiros a encontrar sua cara-metade.
"O Facebook faz com que as pessoas se apresentem com seus nomes e preferências verdadeiros, e os serviços de namoro online estão aproveitando esse universo de informações", diz Waxman.
Formado em programação de softwares, Waxman criou a Grouper depois que se mudou de São Francisco, na Califórnia, para Nova York. "Estava à procura de novas amizades", diz Waxman. Ele próprio já comprovou a eficácia do negócio — conheceu sua atual namorada em um dos encontros intermediados pela empresa.
Waxman prefere classificar seu negócio como um “clube social”, e não como um site de namoro, que, na opinião dele, funciona como uma espécie de catálogo artificial onde as pessoas só publicam o que têm de melhor — fotos, viagens, baladas.
"Nosso método parece ser mais eficaz porque nos encontros presenciais e na companhia de amigos as pessoas se comportam de forma mais confortável e natural", diz Waxman. "Não existem rótulos, expectativas irreais nem a possibilidade de ser rejeitado." Caso o encontro não forme nenhum par romântico, a ideia é que todos tenham pelo menos uma história engraçada para contar depois.
A Grouper não revela suas receitas nem quantos eventos desses já conseguiu organizar. A empresa cobra 20 dólares de cada participante, o que soma 120 dólares por encontro realizado. Estimativas de mercado apontam que o negócio tenha faturado em torno de 2 milhões de dólares em 2012. No início do ano passado, a empresa recebeu um aporte de 400.000 dólares do Y Combinator, um dos fundos mais ativos do Vale do Silício, especializado em investir nos estágios iniciais de empresas emergentes.
Para aumentar as receitas, a Grouper prevê montar operações em mais 30 cidades do mundo até o fim deste ano, incluindo São Paulo. Até então, o serviço estava restrito a 12 cidades americanas. "Para ganhar escala e tornar o negócio saudável, é importante desbravar novos mercados", diz Waxman.