Quem procurar para investir em inovação na sua empresa?
Quer dinheiro para investir em inovação? Veja as opções de financiamento possíveis:
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2015 às 12h32.
As fontes de financiamento para inovação no Brasil
Escrito por Ricardo Fasti, especialista em inovação
Segundo Richard Nelson, economista evolucionário que desenvolve pesquisa em Sistemas Nacionais de Inovação, o processo de inovação em termos de resultados comporta-se de maneira probabilística, pois uma invenção implantada, seja como processo ou produto, não necessariamente se converterá em sucesso.
Esse fenômeno dificulta a análise financeira de retorno do desenvolvimento de invenções e inovações, pois o grau de incerteza é alto e não se tem clareza com antecedência do montante total de investimento necessário.
Em muitas empresas , os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento são classificados como irrecuperáveis (sunk cost), ou seja, são investimentos necessários à existência no negócio. Assim, os fluxos de caixa gerados pelos casos de sucesso amortizarão no longo prazo esses investimentos.
Considerando a dificuldade e o risco, em geral, as fontes de financiamento para o desenvolvimento de uma invenção em sua fase embrionária, ou seja, do conceito, passando pelas diversas prototipações e chegando ao produto para teste de mercado, é feita pelo Estado em suas esferas federal e estadual.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é administrado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que o direciona a empresas e instituições de pesquisa sob a forma de apoio ou financiamento. Para mais informações visite o site da Finep.
Na esfera estadual, várias FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) possuem linhas de apoio e subvenção para pequenas empresas que queiram inovar, estimulando, inclusive, a presença de pesquisadores das universidades e institutos de pesquisa como colaboradores das empresas, sob a forma de contrato por tempo determinando ou indeterminado.
Há também fundos privados de estímulo à inovação. Contudo, eles com volumes financeiros menores do que os públicos, portanto, são mais restritivos na seleção e concessão. Existe também a Associação Brasileira de Venture Capital que congrega ações de seed money (pequenos montantes de capital para dar início a projetos), passando por empresas de venture capital e private equity. A associação é promotora, principalmente, de networking entre os fundos e as empresas que buscam financiamento. Para mais informações veja o site.
Seja público ou privado, a máxima que corre na área é que os fundos existem, o que falta são planos de negócios bem estruturados. Outro ponto está relacionado ao comportamento do empreendedor, pois os fundos buscam gestores que sejam flexíveis, entendendo que há que se corrigir rotas e ideias em nome dos resultados.
Além disso, é importante que os empreendedores estejam preparados para, eventualmente, abrir mão do controle da empresa para atrair mais investimentos. Em suma, a questão de financiamento não se restringe somente à fonte de recursos, mas considera também o quão bem estruturado é o plano e o quão preparado é o gestor para lidar com a presença de sócios que irão pressionar por resultados.
Ricardo Fasti é Diretor de Desenvolvimento de Negócios da BSP - Business School São Paulo.
As fontes de financiamento para inovação no Brasil
Escrito por Ricardo Fasti, especialista em inovação
Segundo Richard Nelson, economista evolucionário que desenvolve pesquisa em Sistemas Nacionais de Inovação, o processo de inovação em termos de resultados comporta-se de maneira probabilística, pois uma invenção implantada, seja como processo ou produto, não necessariamente se converterá em sucesso.
Esse fenômeno dificulta a análise financeira de retorno do desenvolvimento de invenções e inovações, pois o grau de incerteza é alto e não se tem clareza com antecedência do montante total de investimento necessário.
Em muitas empresas , os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento são classificados como irrecuperáveis (sunk cost), ou seja, são investimentos necessários à existência no negócio. Assim, os fluxos de caixa gerados pelos casos de sucesso amortizarão no longo prazo esses investimentos.
Considerando a dificuldade e o risco, em geral, as fontes de financiamento para o desenvolvimento de uma invenção em sua fase embrionária, ou seja, do conceito, passando pelas diversas prototipações e chegando ao produto para teste de mercado, é feita pelo Estado em suas esferas federal e estadual.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é administrado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que o direciona a empresas e instituições de pesquisa sob a forma de apoio ou financiamento. Para mais informações visite o site da Finep.
Na esfera estadual, várias FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) possuem linhas de apoio e subvenção para pequenas empresas que queiram inovar, estimulando, inclusive, a presença de pesquisadores das universidades e institutos de pesquisa como colaboradores das empresas, sob a forma de contrato por tempo determinando ou indeterminado.
Há também fundos privados de estímulo à inovação. Contudo, eles com volumes financeiros menores do que os públicos, portanto, são mais restritivos na seleção e concessão. Existe também a Associação Brasileira de Venture Capital que congrega ações de seed money (pequenos montantes de capital para dar início a projetos), passando por empresas de venture capital e private equity. A associação é promotora, principalmente, de networking entre os fundos e as empresas que buscam financiamento. Para mais informações veja o site.
Seja público ou privado, a máxima que corre na área é que os fundos existem, o que falta são planos de negócios bem estruturados. Outro ponto está relacionado ao comportamento do empreendedor, pois os fundos buscam gestores que sejam flexíveis, entendendo que há que se corrigir rotas e ideias em nome dos resultados.
Além disso, é importante que os empreendedores estejam preparados para, eventualmente, abrir mão do controle da empresa para atrair mais investimentos. Em suma, a questão de financiamento não se restringe somente à fonte de recursos, mas considera também o quão bem estruturado é o plano e o quão preparado é o gestor para lidar com a presença de sócios que irão pressionar por resultados.
Ricardo Fasti é Diretor de Desenvolvimento de Negócios da BSP - Business School São Paulo.