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No boca a boca, grupo já reúne 1.500 mulheres do comércio eletrônico

A cada três meses, elas se encontram para discutir melhorias em seus ambientes de trabalho, trocar experiências e fazer novos contatos

Empreendedora: Grupo de mulheres estava incomodado com a falta de equidade de gênero em companhias do setor de comércio online (Thinkstock/Thinkstock)

Empreendedora: Grupo de mulheres estava incomodado com a falta de equidade de gênero em companhias do setor de comércio online (Thinkstock/Thinkstock)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 11 de julho de 2018 às 20h20.

Em julho de 2017, Carolina Moreno e Emily Padrão criaram o grupo Mulheres no E-Commerce. Ambas - com cerca de cinco anos de experiência em áreas como comercial e eventos em prestadoras de serviço para empresas de comércio eletrônico - estavam incomodadas com a falta de equidade de gênero em companhias do setor. “Vimos em inúmeros eventos que tratam sobre o e-commerce a falta de mulheres entre os organizadores, palestrantes e funcionários das empresas parceiras”, diz Carolina Moreno, co-fundadora do grupo. Partindo dessa percepção as duas iniciaram nas redes sociais o grupo Mulheres no E-commerce para trocar experiência e dar visibilidade ao tema.

Apenas com uma divulgação boca a boca o grupo já reúne cerca de 1.500 mulheres, de diferentes cargos e empresas do comércio eletrônico. A cada três meses, essas mulheres se encontram em um ambiente informal para discutir as melhorias necessárias em seus ambientes de trabalho, trocar experiências e fazer novos contatos. Dessa modo, o grupo conseguiu, por exemplo, descontos especiais para participar em eventos do setor, como o VTEX Day, que reuniu 12.000 pessoas em maio, em São Paulo.

No último sábado de junho, 40 das mulheres participantes do grupo conheceram as operações em São Paulo da Total Express, distribuidora do Grupo Abril. A iniciativa partiu de funcionárias da empresa que fazem parte do grupo de mulheres. "É importante desmistificar a ideia de que as empresas do setor têm ambientes exclusivamente masculinos", diz Ariel Herszenhorn, diretor geral da Total Express. Durante a visita, foi discutida a importância de levar ao consumidor mais informações sobre o momento da entrega. “É preciso debater sobre todos os processos do comércio eletrônico para lembrar que o produto não se materializa de repente na casa do cliente após a compra”, diz Emily Padrão, co-fundadora do Mulheres no E-commerce. Dentre os temas tratados no encontro, um dos mais debatidos foi o preço do frete repassado ao consumidor. “Fiz uma campanha de marketing lembrando que o frete de 10 reais é mais barato que o estacionamento de shopping”, afirma Juliana Toledo, da loja online People And Pets. Para os próximos meses, as mulheres pretendem angariar novas parcerias, promover mais reuniões e expandir sua atuação com representantes em outros estados.

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