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O nicho de mercado que ajudou jovem de 19 anos a criar empresa milionária

Matheus Boso, hoje com 23 anos, é fundador da Prohall Cosmetic, marca de produtos capilares que em 2022 deve faturar cerca de R$ 40 milhões

Matheus Boso, fundador da Prohall Cosmetic: olhar para nicho de mercado levou empresa a se especializar em produtos capilares (Prohall/Divulgação)

Matheus Boso, fundador da Prohall Cosmetic: olhar para nicho de mercado levou empresa a se especializar em produtos capilares (Prohall/Divulgação)

A trajetória de Matheus Boso serve de exemplo para empreendedores que entendem a importância de acompanhar as principais tendências de mercado em tempo real. Em 2017, aos 19 anos de idade, Boso teve acesso a um monitoramento do Sebrae que indicava a preferência do público pelo setor de cosméticos e beleza com números de crescimento para pequenos negócios da área que saltam aos olhos.

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Foi quando começou a vender várias marcas de produtos de beleza pela internet, em uma tentativa de equilibrar o potencial do setor e a crescente demanda pelo e-commerce no país. Dois anos depois, a empreitada ganhou novos capítulos. O empreendedor deixou de lado os produtos de várias marcas e passou a vender — e produzir — apenas produtos capilares.

A mudança também veio com um novo nome: Prohall Cosmetic, a mais nova empresa dedicada a produtos capilares de fabricação própria fundada em 2019. O esforço foi resultado, mais uma vez, de um olhar atento às mudanças do mercado e ao que é mais mais demandado pelos consumidores. “É um mercado com muitas oportunidades, principalmente no B2B e muito pouco explorado. As chances de sucesso ao segmentar ainda mais o negócio eram imensas”, diz.

Com pequeno poder de barganha como empresa iniciante, os primeiros passos da Prohall foram na fabricação própria. Hoje, a companhia continua responsável por 80% da fabricação, que fica a cargo de um setor químico próprio que elabora fórmula por fórmula.

Hoje a Prohall comercializa produtos para consumidores finais, mas grande parte da força de vendas está nas compras feitas por empresas, como profissionais de salão de cabeleireiros — que já representam mais de 60% da receita. Há também 250 distribuidores de produtos, aqueles que compram os itens no atacado e os revendem. “Existia pouca oferta no mercado, e uma demanda enorme. Por isso, todo o investimento em produção parecia o caminho correto”, diz o fundador.

A lógica de negócio colaborou para um salto nos números da empresa. Em 2021, o grande investimento  em digitalização ajudou a Prohall a atender uma demanda três vezes maior de pedidos. As vendas, por sua vez, cresceram 175% no e-commerce. Além do Brasil, a empresa vende seus itens para Estados Unidos, Porto Rico, Espanha, Portugal, Costa Rica, Venezuela, Chile, França e Alemanha.

Neste ano, a Prohall deve chegar a outros oito países, além de superar a marca de 800.000 produtos vendidos. A previsão é de que o faturamento chegue aos R$ 40 milhões, R$ 15 milhões a mais do que no ano anterior.

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