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Startups na AL estão em expansão, dizem investidores

Para investidores, o mercado das startups na América Latina está em franco crescimento

Startups: mercado está em franco crescimento na América Latina (Rego Korosi/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 21h34.

Belo Horizonte - O mercado das startups na América Latina está em franco crescimento, apontaram alguns investidores especializados que participaram nesta quinta-feira de um evento do setor em Belo Horizonte.

Na opinião de Humberto Matsuda, investidor da empresa brasileira de capital risco Performa Investimentos, o mercado latino-americano das startups "ainda está em um estado embrionário, mas pouco a pouco vai se desenvolvendo e buscando a forma de ser competitivo".

Na mesma linha, Magnus Erantes, investidor na empresa de capital risco Harvard Angels, acredita que esta linha de negócio "não é um "boom" momentâneo" e previu que o volume de operações movido pelas empresas emergentes na América Latina irá crescer significativamente nos próximos anos.

Humberto Matsuda também disse que um empreendedor latino-americano "não tem nada que invejar" o Vale do Silício, nos Estados Unidos, referência mundial para estes jovens e de onde saíram alguns dos grandes sucessos empresariais da era da internet, como Google e Facebook.

Apesar disso, ele ponderou que "é necessário continuara fomentar a cultura dos empreendedores na região, já que o conceito deste tipo de atividade econômica está na sobrevivência e não no aproveitamento da oportunidade", o que ele qualificou de "muito importante".

Quanto às desvantagens que o mercado latino-americano apresenta para os investidores internacionais, tanto Matsuda como Erantes destacaram a instabilidade política da região e as carências educacionais de alguns países, o que afasta alguns investidores.

Mas ambos afirmaram que existem grandes talentos na América Latina e que é necessário aproveitar seu potencial.

Do mesmo modo, em comparação com os mercados europeus, americano ou asiáticos, eles destacaram que a flexibilidade e a criatividade são elementos que se destacam a favor dos latino-americanos.

De Vale do Silício também falou o colombiano Andrés Barreto, criador do Grooveshark, uma bem-sucedida plataforma de reprodução de música online que triunfa desde 2006.

"Acho que é impossível ter um Vale do Silício na América Latina, mas também acho que é desnecessário. Uma das vantagens da era digital é que não existem barreiras para entrar no mercado e com muito pouco dinheiro e de qualquer lugar pode desenvolver sua ideia", afirmou à Agência Efe.

Barreto, que com apenas 27 anos tem quatro empresas em funcionamento e investe em 30 projetos de jovens latino-americanos, também disse que "nem todas as ideias triunfam" e acrescentou que o fundamental para uma startup é "resolver os problemas das pessoas e demonstrar que seu produto realmente merece ser comprado".

Matsuda, Magnus e Barreto participaram hoje do DemoDay de Belo Horizonte, um evento que faz parte de um programa de fomento das atividades dos empreendedores desenvolvido pelo governo estadual de Minas Gerais com startups de vários países sul-americanos.

Este programa de aceleração de empresas, aberto a participantes de todo o mundo, oferece patrocínio e formação para jovens que querem desenvolver projetos comerciais próprios e em sua primeira edição atraiu investimentos somados de R$ 6 milhões. EFE

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Belo Horizonte - O mercado das startups na América Latina está em franco crescimento, apontaram alguns investidores especializados que participaram nesta quinta-feira de um evento do setor em Belo Horizonte.

Na opinião de Humberto Matsuda, investidor da empresa brasileira de capital risco Performa Investimentos, o mercado latino-americano das startups "ainda está em um estado embrionário, mas pouco a pouco vai se desenvolvendo e buscando a forma de ser competitivo".

Na mesma linha, Magnus Erantes, investidor na empresa de capital risco Harvard Angels, acredita que esta linha de negócio "não é um "boom" momentâneo" e previu que o volume de operações movido pelas empresas emergentes na América Latina irá crescer significativamente nos próximos anos.

Humberto Matsuda também disse que um empreendedor latino-americano "não tem nada que invejar" o Vale do Silício, nos Estados Unidos, referência mundial para estes jovens e de onde saíram alguns dos grandes sucessos empresariais da era da internet, como Google e Facebook.

Apesar disso, ele ponderou que "é necessário continuara fomentar a cultura dos empreendedores na região, já que o conceito deste tipo de atividade econômica está na sobrevivência e não no aproveitamento da oportunidade", o que ele qualificou de "muito importante".

Quanto às desvantagens que o mercado latino-americano apresenta para os investidores internacionais, tanto Matsuda como Erantes destacaram a instabilidade política da região e as carências educacionais de alguns países, o que afasta alguns investidores.

Mas ambos afirmaram que existem grandes talentos na América Latina e que é necessário aproveitar seu potencial.

Do mesmo modo, em comparação com os mercados europeus, americano ou asiáticos, eles destacaram que a flexibilidade e a criatividade são elementos que se destacam a favor dos latino-americanos.

De Vale do Silício também falou o colombiano Andrés Barreto, criador do Grooveshark, uma bem-sucedida plataforma de reprodução de música online que triunfa desde 2006.

"Acho que é impossível ter um Vale do Silício na América Latina, mas também acho que é desnecessário. Uma das vantagens da era digital é que não existem barreiras para entrar no mercado e com muito pouco dinheiro e de qualquer lugar pode desenvolver sua ideia", afirmou à Agência Efe.

Barreto, que com apenas 27 anos tem quatro empresas em funcionamento e investe em 30 projetos de jovens latino-americanos, também disse que "nem todas as ideias triunfam" e acrescentou que o fundamental para uma startup é "resolver os problemas das pessoas e demonstrar que seu produto realmente merece ser comprado".

Matsuda, Magnus e Barreto participaram hoje do DemoDay de Belo Horizonte, um evento que faz parte de um programa de fomento das atividades dos empreendedores desenvolvido pelo governo estadual de Minas Gerais com startups de vários países sul-americanos.

Este programa de aceleração de empresas, aberto a participantes de todo o mundo, oferece patrocínio e formação para jovens que querem desenvolver projetos comerciais próprios e em sua primeira edição atraiu investimentos somados de R$ 6 milhões. EFE

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