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Lojas de São Paulo esperam alta de 12% nas vendas de Natal

Natal será dos importados e das TVs, indicam pesquisas de entidades que monitoram o comércio

Comércio de São Paulo deve faturar R$ 90 bilhões com vendas de final de ano (FERNANDO MORAES/EXAME/Exame)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 13h33.

São Paulo - Uma estimativa realizada junto às grandes redes varejistas e também às Câmaras de Lojistas do interior do Estado aponta que as vendas do comércio em São Paulo deverão crescer cerca de 12% em relação a 2009, fazendo com que o faturamento possa chegar próximo a R$ 90 bilhões.

Este será o Natal dos presentões e dos autopresentes, acredita o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), Mauricio Stainoff.

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O crescimento das vendas de Natal será menor, porém, nas micro e pequenas empresas, de acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), Mauricio Stainoff. Segundo levantamento das CDLs no interior do Estado, o aumento não deve passar dos 8% em relação ao ano anterior.

“Isso tem relação com a substituição tributária, que tirou a vantagem do Simples Nacional das empresas de varejo. Conversando hoje com o dono de um hotel, ele contou que deixará de comprar vinhos da Região Sul do país por conta da substituição. Os vinhos eram a sua vantagem competitiva frente às grandes redes de hotel.”

A subsituição tributária é um instrumento adotado pelas autoridades fiscais que concentra em um dos elos da cadeia produtiva a tributação devida por todo as empresas integrantes dessa cadeia. O objetivo é combater a sonegaação, mas a generalização do uso desse mecanismo, especialmente no caso do ICMS estadual, tem representado para boa parte das MPE um ônus que chega a anular os benefícios concedidas pelo sistema de tributação simplificada, o Simples.

Melhor dos últimos 10 anos

Apesar dos percalços, Mauricio Stainoff acredita que este será o melhor Natal dos últimos 10 anos. “O consumidor está muito motivado pelo crescimento do País, pela geração de novos empregos e pela facilidade de crediário. Há também o aumento real da massa salarial.”

“Conversando com o pessoal da Eletros (entidade representativa do setor de eletro-eletrônicos) soubemos que este ano serão vendidos 11,5 milhões de televisores, a maioria LCD. A expectativa no Natal é de um crescimento de 30% em relação a 2009. Ou seja, muita gente vai ficar feliz com o presente de Natal”, diz o presidente da Federação.

A expectativa dos lojistas que já atuam com vendas pela Internet também é positiva. O comércio eletrônico poderá crescer próximo a 40% em relação a 2009.

Importados

Os produtos importados deverão dominar o mercado. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas) a venda de produtos não-alimentares importados deverá aumentar 30%. “Como entidade, estamos preocupados com a entrada desenfreada dos produtos importados. Eles não geram empregos e isso no médio prazo pode ser prejudicial para o próprio comércio”, diz Stainoff.

O bom, no entanto, diz o presidente da entidade, é que os chamados consumidores da classe C terão acesso a produtos que antes eram destinados apenas à população de maior renda.

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