Franquias brasileiras fora do país são tendência, aponta FDC
Levantamento da Fundação Dom Cabral revela pequenas e médias empresas que estão tentando a sorte mundo afora e alcançando sucesso no exterior
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 18h11.
São Paulo – Com a globalização , marcas como Bob's, Hering e Showcolate estão ganhando o mundo. É o que aponta o ranking das multinacionais brasileiras , divulgado hoje pela Fundação Dom Cabral (FDC). Reunindo informações sobre 63 companhias, o levantamento mostra que pequenas e médias empresas têm se aventurado (com sucesso) no exterior por meio da abertura de franquias .
Esse é o caso de 16 das firmas analisadas pelo estudo. No topo da lista das companhias com franquias bem-sucedidas está a Showcolate, rede de quiosques de fondue de chocolate. Presente em doze países, a empresa apresenta índice de internacionalização de 0,087. Em segundo lugar, ficou a LinkWell, firma da área de comunicação visual na internet; Em terceiro, a locadora de carros Localiza Rent a Car.
A quantidade de ativos, o número de funcionários e o tamanho da receita dentro e fora do país são os fatores levados em conta no cálculo do índice de internacionalização. Os valores considerados no levantamento são relativos a 2012.
Hoje, a maioria das grandes empresas brasileiras já atua fora do país. "O que está havendo agora é uma onda de empresas de pequeno e médio porte expandindo os negócios por meio de franquias", afirma Sherban Cretoiu, professor do Núcleo de Negócios Internacionais da FDC e um dos coordenadores da pesquisa.
Prejuízo que compensa
De acordo com os números levantados pela FDC, a margem doméstica de lucro das empresas que atuam no exterior em 2012 foi de 13,85%. Já no exterior, a porcentagem do faturamento que se tornou lucro foi ligeiramente menor: 13,75%.
Apesar da diferença, há várias vantagens para a companhia que tenta a sorte fora do país. O aumento da capacidade de atendimento, a diferenciação em relação aos concorrentes e a valorização da marca são algumas delas. Segundo Cretoiu, outro ponto de destaque é o melhor ambiente corporativo. "Há empresas que dizem: 'o exterior é um paraíso, nós não temos nenhum concorrente que faça caixa 2'", comenta.
"Temos casos em que a presença de empresas foi solicitada por ministros e chefes de estado de outros países", acrescenta o professor. A boa imagem do Brasil no exterior é um dos fatores que gera o interesse pelas firmas do país. Há ainda ações como a cooperação técnica com países africanos, intensificada nos últimos anos, que favorecem ainda mais a entrada de companhias brasileiras no mercado internacional.
Contra o Brasil, só mesmo incidentes diplomáticos – como, por exemplo, a oferta de asilo ao senador boliviano Roger Molina. "Esse é o tipo de situação que as empresas não percebem como favorável", explica Cretoiu
Desde que a Localiza abriu sua primeira franquia na Argentina em 1992, diversas companhias brasileiras já tentaram a sorte no exterior. Na década de 1990, foram poucas as empresas que se arriscaram lá fora – como a Porto Seguro (Uruguai, 1994) e a Totvs (Argentina, 1997). Já nos anos 2000, houve o boom das franquias nacionais fora do Brasil. Ao todo, elas estão hoje em 22 países ao redor do mundo.
Ranking das franquias
A seguir, veja o ranking das empresas com ranking 2013 de internacionalização de franquias brasileiras – de acordo com os dados divulgados hoje pela Fundação Dom Cabral:
Posição | Empresa | Índice de Internacionalização |
---|---|---|
1 | Showcolate | 0,087 |
2 | LinkWell | 0,084 |
3 | Localiza Rent a Car | 0,076 |
4 | Tostare Café | 0,035 |
5 | Spoleto | 0,025 |
6 | Chilli Beans | 0,020 |
7 | DepylAction | 0,020 |
8 | Hering | 0,014 |
9 | Arezzo | 0,010 |
10 | Magrass Franchising | 0,009 |
11 | Hope | 0,009 |
12 | Colcci | 0,005 |
13 | Bob's | 0,004 |
14 | First Class | 0,003 |
15 | Emagrecentro | 0,003 |
16 | Mundo Verde | 0,003 |
São Paulo – Com a globalização , marcas como Bob's, Hering e Showcolate estão ganhando o mundo. É o que aponta o ranking das multinacionais brasileiras , divulgado hoje pela Fundação Dom Cabral (FDC). Reunindo informações sobre 63 companhias, o levantamento mostra que pequenas e médias empresas têm se aventurado (com sucesso) no exterior por meio da abertura de franquias .
Esse é o caso de 16 das firmas analisadas pelo estudo. No topo da lista das companhias com franquias bem-sucedidas está a Showcolate, rede de quiosques de fondue de chocolate. Presente em doze países, a empresa apresenta índice de internacionalização de 0,087. Em segundo lugar, ficou a LinkWell, firma da área de comunicação visual na internet; Em terceiro, a locadora de carros Localiza Rent a Car.
A quantidade de ativos, o número de funcionários e o tamanho da receita dentro e fora do país são os fatores levados em conta no cálculo do índice de internacionalização. Os valores considerados no levantamento são relativos a 2012.
Hoje, a maioria das grandes empresas brasileiras já atua fora do país. "O que está havendo agora é uma onda de empresas de pequeno e médio porte expandindo os negócios por meio de franquias", afirma Sherban Cretoiu, professor do Núcleo de Negócios Internacionais da FDC e um dos coordenadores da pesquisa.
Prejuízo que compensa
De acordo com os números levantados pela FDC, a margem doméstica de lucro das empresas que atuam no exterior em 2012 foi de 13,85%. Já no exterior, a porcentagem do faturamento que se tornou lucro foi ligeiramente menor: 13,75%.
Apesar da diferença, há várias vantagens para a companhia que tenta a sorte fora do país. O aumento da capacidade de atendimento, a diferenciação em relação aos concorrentes e a valorização da marca são algumas delas. Segundo Cretoiu, outro ponto de destaque é o melhor ambiente corporativo. "Há empresas que dizem: 'o exterior é um paraíso, nós não temos nenhum concorrente que faça caixa 2'", comenta.
"Temos casos em que a presença de empresas foi solicitada por ministros e chefes de estado de outros países", acrescenta o professor. A boa imagem do Brasil no exterior é um dos fatores que gera o interesse pelas firmas do país. Há ainda ações como a cooperação técnica com países africanos, intensificada nos últimos anos, que favorecem ainda mais a entrada de companhias brasileiras no mercado internacional.
Contra o Brasil, só mesmo incidentes diplomáticos – como, por exemplo, a oferta de asilo ao senador boliviano Roger Molina. "Esse é o tipo de situação que as empresas não percebem como favorável", explica Cretoiu
Desde que a Localiza abriu sua primeira franquia na Argentina em 1992, diversas companhias brasileiras já tentaram a sorte no exterior. Na década de 1990, foram poucas as empresas que se arriscaram lá fora – como a Porto Seguro (Uruguai, 1994) e a Totvs (Argentina, 1997). Já nos anos 2000, houve o boom das franquias nacionais fora do Brasil. Ao todo, elas estão hoje em 22 países ao redor do mundo.
Ranking das franquias
A seguir, veja o ranking das empresas com ranking 2013 de internacionalização de franquias brasileiras – de acordo com os dados divulgados hoje pela Fundação Dom Cabral:
Posição | Empresa | Índice de Internacionalização |
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1 | Showcolate | 0,087 |
2 | LinkWell | 0,084 |
3 | Localiza Rent a Car | 0,076 |
4 | Tostare Café | 0,035 |
5 | Spoleto | 0,025 |
6 | Chilli Beans | 0,020 |
7 | DepylAction | 0,020 |
8 | Hering | 0,014 |
9 | Arezzo | 0,010 |
10 | Magrass Franchising | 0,009 |
11 | Hope | 0,009 |
12 | Colcci | 0,005 |
13 | Bob's | 0,004 |
14 | First Class | 0,003 |
15 | Emagrecentro | 0,003 |
16 | Mundo Verde | 0,003 |