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Dezesseis programas gratuitos ou que custam até 200 reais por mês que ajudam a administrar o site — testados e aprovados por pequenas e médias empresas

Joana Rosa, da I-Stick (Gabriel Rinaldi)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h48.

Descobrir quantos usuários acessam o site e no que eles se interessam, garantir a segurança dos pagamentos, medir a eficiência de uma campanha promocional ou acompanhar o desempenho da concorrência são tarefas possíveis de ser feitas a um custo baixo — ou mesmo nenhum. "Há diversas ferramentas gratuitas ou de baixo custo com recursos básicos, mas suficientes para administrar a maioria dos sites das pequenas e médias empresas", diz Renato Kroger, da Elogos, consultoria de marketing estratégico. São aplicativos que não exigem investimentos em hardware e, em muitas vezes, nem a contratação de profissionais de tecnologia. Eis aqui 16 ferramentas gratuitas ou que custam até 200 reais por mês que vêm sendo usadas com bons resultados por várias pequenas e médias empresas.

1- No rastro da audiência

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Google Adplanner- Com mais de 1 milhão de clientes cadastrados e diversas ofertas levadas ao ar diariamente, o site mineiro de compras coletivas CityBest está há sete meses em atividade. Seu fundador, o engenheiro Sérgio Oliveira, de 34 anos, acompanha todos os dias o desempenho de  sites similares para descobrir, por exemplo, que tipo de promoção oferecida pela concorrência está atraindo mais audiência e em quais cidades. Para isso, ele usa serviços como o Google AdPlanner. A ferramenta aproveita a base de dados do maior buscador de sites do mundo para projetar e comparar estatísticas de páginas de até 40 países. Como uma espécie de ibope da internet, o AdPlanner serve para planejar campanhas online — o usuário define o tipo de consumidor que quer atingir e alguns sites associados a esse público. A ferramenta fornece uma estimativa da audiência das páginas indicadas e aponta, em alguns casos, a cidade dos internautas e o que eles pesquisam no buscador antes de chegar às ofertas. "A ferramenta não gera números exatos, mas dá pistas ótimas", diz Oliveira. "Nós a usamos como bússola para formatar novas campanhas e definir as cidades em que vale mais a pena expandir."
Custo: Grátis.

Seomoz- Saber que palavras conduzem a maior parte dos usuários até o site da empresa, aparecer bem colocado nos resultados de busca do Google e do Yahoo! e comparar a posição em relação aos concorrentes era o objetivo da mineira Samba Tech, que fornece tecnologias para distribuição de vídeos pela web, ao adotar o SEOmoz. "O serviço também avisa quando há erros, como links que não levam a lugar algum", diz o sócio Gustavo Caetano, de 29 anos. Segundo ele, desde agosto, quando adotou a ferramenta, as visitas ao site e ao blog da Samba Tech aumentaram 20%, o que ajudou a empresa a subir diversas posições nos rankings de busca.
Custo: 165 reais por mês. (Preço convertido com base na cotação do dólar comercial em 7/12/10)

Google Analytics- O serviço de medição de acessos do Google traz informações detalhadas sobre os visitantes do site, mostrando por quanto tempo permaneceram e quais páginas visitaram. Dá para saber também como chegaram ali (se foi digitando o endereço no navegador, pesquisando por palavras-chave ou clicando em banners e links patrocinados). Os dados podem ajudar a saber o que está ou não funcionando para atrair movimento. "Graças ao Analytics descobrimos que 90% das pessoas que entravam em nossas páginas saíam sem ver nada", diz Joana Rosa, de 27 anos, sócia da I-Stick, empresa paulista que vende adesivos para decoração de paredes, celulares e computadores por uma loja física e pela internet. "A ferramenta apontou que as imagens eram muito pesadas e não carregavam na maioria dos acessos", diz Joana. Há quatro meses o problema foi resolvido e o Analytics mostrou que o índice de possíveis clientes que abandonam o site no primeiro minuto caiu para 10%.
Custo: Grátis.

2- Monitoração instantânea

AreMySitesUp- Bastam alguns segundos com o site fora do ar para um alerta ser disparado por e-mail ou torpedo de celular para o responsável. Assim funciona o AreMySitesUp, utilizado pela Verttice, empresa gaúcha que vende calçados pela internet. Desde 2008, o administrador de empresas Márcio Eugênio, de 29 anos, controla toda a operação do site por torpedos enviados pelo AreMySitesUp. "Quando não usávamos essa ferramenta, nosso site chegou a ficar um dia inteiro sem funcionar e eu nem sabia", afirma Eugênio. "Hoje, não tem como algo parecido acontecer novamente, pois cobro providências do meu fornecedor de hospedagem assim que acontece um problema."
Custo: 60 reais por ano.1. (Preço convertido com base na cotação do dólar comercial em 7/12/10)

Pingdom Tools- Trata-se de um conjunto online com três serviços que avaliam a acessibilidade dos sites pesquisados. Um deles calcula quanto tempo a máquina que hospeda o site responde a uma solicitação de acesso quando o usuário digita o endereço no navegador (uma operação como essa não deve ultrapassar 2 segundos). O outro calcula o tempo que o site demora para carregar na tela do usuário e se há elementos pesados, como fotos e vídeos, que estão atrasando a tarefa. O terceiro serviço verifica se o endereço do site está configurado corretamente no fornecedor de hospedagem.
Custo: Grátis.

Clicktale- A ferramenta grava todas as ações do usuário que acessa o site, indicando onde ele clica, em que momento para o mouse para ver algo e quando move a tela para navegar mais pelo site. Além de gerar estatísticas, o serviço torna possível assistir a vídeos que reproduzem essas ações. Esse tipo de monitoramento ajuda a descobrir quais os conteúdos que chamam a atenção e quais os que não estão sendo acessados por causa de algum empecilho técnico ou design confuso.
Custo:
A partir de 165 reais mensais(varia de acordo com a quantidade de movimentações a ser gravada).


3- Conteúdo sem complicação

Joomla!- É uma plataforma que ajuda a abastecer sites, intranets e blogs com textos, fotos e vídeos, dispensando a contratação de um especialista para fazer as atua lizações do conteúdo. "O sofware tem seu código aberto e conta com a colaboração de programadores em todo o mundo para o aperfeiçoamento do sistema", afirma Renato Kroger, consultor de marketing estratégico. A paulistana EmFocoPrint, que faz adesivos para veículos, usa a ferramenta há dois anos, quando houve uma reestruturação em seu site. “Dá para baixar na internet penduricalhos que são acoplados ao Joomla! de acordo com a necessidade”, diz Edmar Moreira, de 34 anos, sócio da EmFocoPrint. "Eles acrescentam recursos como carrinho de compras para vendas online e páginas protegidas por logins."
Custo: Grátis (por precisar ser instalado em servidor, alguns fornecedores de hospedagem costumam cobrar taxas de manutenção específicas).

WordPress- Semelhante ao Joomla!, o WordPress nasceu como um editor de blogs. Com o tempo, foi sendo adaptado também para administrar sites. A ferramenta é usada pela Salinas, empresa que mantém dois resorts em Alagoas, para a atualização constante de suas páginas. "Com o WordPress atualizamos as informações do site rapidamente", afirma Mario Vasconcellos, de 35 anos, sócio do Salinas. Ele conta que, antigamente, outra ferramenta era usada e cada departamento da empresa tinha uma senha de acesso para alimentar o conteúdo. "O sofware era muito complicado de usar para quem não é especialista em tecnologia e os funcionários ficavam empurrando a tarefa um para o outro", diz Vasconcellos. "A atualização só saía quando chamávamos o suporte técnico para ajudar."
Para resolver o problema e tornar o site mais dinâmico, a empresa adotou recentemente o WordPress e deslocou um único assistente para a função. "Não precisamos mais dispor de técnicos em TI para alimentar nosso site", afirma Vasconcellos.
Custo:
Grátis (por precisar ser instalado em servidor, alguns fornecedores de hospedagem costumam cobrar taxas de manutenção específicas).

Wix- Auxilia no uso da tecnologia Flash, que costuma ser preferida por muitos usuários para conferir uma aparência profissional aos sites. O painel de controle apresenta um passo a passo para inserir logotipos, sequências de imagens, textos e fotografias. É possível criar as animações em Flash usando uma biblioteca de layouts semiprontos ou iniciar o projeto do zero com base em uma página em branco. O desenvolvimento do site não é cobrado, mas para hospedá-lo em um endereço institucional próprio o Wix pede a contratação de um plano pago.
Custo: O plano básico é gratuito (em contrapartida, uma propaganda do Wix aparece em todas as páginas criadas). O mais avançado custa 40 reais mensais e inclui uma plataforma para comércio eletrônico.

4- Cadeado fechado

Comodo ssl- A ferramenta criptografa os dados transmitidos do computador do cliente para o servidor do site, como números de cartão de crédito e de documentos pessoais. "Na prática, o que se vê na tela é a presença do cadeado dourado, um ícone de segurança", diz Sheila Franzoti, da Digital Up, empresa que desenvolve sistemas de comércio eletrônico. Para preservar o banco de dados de sua empresa, a paulistana Detroit Center, o empreendedor Robson Real, de 23 anos, contratou o Comodo SSL. "Vendemos acessórios automotivos pela internet, gerando boletos e transações de crédito", diz Real. "É importantíssimo cuidar da segurança do site para o bem do cliente e da nossa própria credibilidade."
Custo: 420 reais por ano.

Netsparker- O programa varre o site em busca de vulnerabilidades que podem colocar a segurança do internauta em risco, como pontos suscetíveis a invasões de hackers ou ao ataque de vírus disfarçados sob a forma de imagens e vídeos inofensivos. Para isso, o Netsparker faz diversos testes de segurança nos códigos usados na programação das páginas, nos arquivos carregados na tela e
no servidor que hospeda o conteúdo.
Custo: A partir de 140 reais por mês (na renovação da assinatura, há descontos que podem chegar a 60%).

5- Interação com o cliente

Livezilla- É um programa de bate-papo que pode ser acoplado ao site como uma opção para o atendimento online. A empresa pode dividir os atendimentos em áreas — o cliente escolhe se quer conversar com alguém da área de vendas ou de suporte técnico, por exemplo. Quando ele aciona o serviço, o atendente enxerga qual o caminho feito pelo cliente para chegar ao site e exatamente em que página ele está. O sistema permite ainda que usuário e atendente se vejam por meio de webcam e troquem arquivos. Quando o atendimento é encerrado, o cliente pode informar se ficou satisfeito.
Custo: Grátis (por precisar ser instalado em servidor, alguns fornecedores de hospedagem cobram pela manutenção).

MSN- Um modo simples de criar um serviço de atendimento em tempo real é usar um dispositivo do Windows Live Messenger, a ferramenta de comunicação instantânea da Microsof conhecida como MSN, que reproduz na tela do navegador a interface do sofware.
Uma vez no site da empresa, o consumidor enxerga se um atendente está online. Em caso positivo, é só clicar num botão para falar com ele, mesmo que sua máquina não tenha MSN instalado. É o que fazem alguns clientes da empresa paulista de higienização de ambientes SuperSan quando querem contatá-la para obter informações sobre a aplicação dos produtos ou solicitar um orçamento. "Toda vez que alguém acessa a ferramenta, encaminhamos o registro da conversa para o banco de dados da empresa, o que nos ajuda
a traçar o perfil e o histórico dos clientes", diz Eric Stocker, de 32 anos, sócio da SuperSan. "Os clientes têm preferido o MSN em 30% dos casos em vez do telefone e do e-mail."
Custo: Grátis.

Google Spreadsheets- Uma das ferramentas gratuitas do Google, a Spreadsheets permite criar, armazenar e compartilhar planilhas pela internet. Para acessá-la, basta ter uma conta no Gmail ou no Orkut e usar a mesma senha. No mercado há pouco mais de um ano, a paulista Viva! Experiências, que vende programas como voos de balão e aulas de culinária, adotou a ferramenta para fazer pesquisas online. "Antes tentávamos saber se o cliente tinha ficado satisfeito pelo telefone, mas nem sempre o encontráva-mos e poucos tinham tempo para responder", diz André Susskind, de 34 anos, sócio da empresa. "Além disso, a linha ficava sempre ocupada". Há seis meses, a Viva!Experiências passou a fazer as pesquisas na web com o auxílio das planilhas do Google Spreadsheets. A conta de telefone diminuiu mais de 40% e as pesquisas ficaram mais produtivas.
Custo: Grátis

6- Marketing sob controle

Virtual Target- Toda campanha de e-mail marketing da paulista SuperSan é disparada para cerca de 5.000 endereços toda semana. Com a ferramenta Virtual Target, o sócio Stocker consegue mensurar quem não abriu a correspondência, quem abriu mas não clicou em nada e quem abriu e clicou em algum item. "O Virtual Target érmite filtrar o cadastro com base no comportamento dos destinatários e faz higienizaçãp automática dos endereços inválidos, o que nos permite melhorar o resultado das campanhas", diz Stocker. Cerca de 10% dos clientes que recebem os comunicados da SuperSan por e-mail entram no site para obter mais detalhes- um índice superior ao retorno médio de 6% obtido no mercado.
Custo: A partir de 200 reais mensais (varia com a quantidade de e-mails).

Twitter- O Twitter, aquele serviço que é uma mistura de microblog com rede social na qual se publicam mensagens com no máximo 140 caracteres, vem se transformando cada vez mais num importante canal de interação entre pequenas e médias empresas e seus clientes. "Como diversas redes sociais se integram ao Twitter, dá para usar o serviço como lançador de comunicados para todas elas", afirma Flávio Motonaga, de 33 anos, sócio da Líbero+, agência de marketing paulista. Além disso, no site da Líbero+ há um espaço que mostra automaticamente os mesmos comunicados postados na conta da empresa no Twitter. "Economizamos um bocado de tempo que seria ocupado atualizando diariamente o site e nossas páginas nas redes sociais", diz Motonanga.
Custo: Grátis

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