Exame Logo

5 custos que você deve considerar ao abrir uma loja virtual

Confira algumas dicas sobre os principais custos que precisam ser considerados no seu planejamento de um comércio eletrônico

Empreendendo pelo computador: tão importante quanto planejar é ter uma boa dose de ousadia para arriscar (SolisImages/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 15h00.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 15h00.

Que custos devo considerar se quero ter um e-commerce?

Para o pequeno e médio empreendedor que está pensando em ter um e-commerce , uma alternativa econômica e fácil para começar pode ser o marketplace (shopping virtual).

Os custos nesse canal são mais baixos do que os de uma loja virtual própria, já que não há necessidade de investimento inicial no canal de vendas, apenas no estoque de produtos. Isso ocorre porque é o administrador do marketplace quem investe em marketing, em segurança e oferece também ferramentas de pagamento, de entrega e de publicidade, além da plataforma em si.

O vendedor não tem que arcar com esses custos e ainda pode anunciar de forma gratuita, pagando ao administrador apenas uma comissão sobre o valor do produto vendido.

Mas, se a ideia é ter uma loja online própria – o que não o impede de continuar vendendo em paralelo no marketplace –, aí vão algumas dicas sobre os principais custos que precisam ser considerados no seu planejamento:

1. Registro de domínio e hospedagem

O primeiro deles é com o registro do domínio do site. Há opções de R$ 6,99 a R$ 44,99 por ano. Essa é uma etapa simples; os desafios vêm adiante. Também é preciso contratar uma plataforma de hospedagem para o site. Há a opção de planos gratuitos, para lojas com baixo volume de pedidos (até 50 pedidos/mês, por exemplo) e há planos pagos, que variam, principalmente, de acordo com a quantidade de anúncios permitida, volume de pedidos e o número de ferramentas que ficam disponíveis para o vendedor utilizar no site.

É muito importante que esse seja um fornecedor de confiança, afinal, para um site, ficar fora do ar é o mesmo que fechar as portas de uma loja física. Há também a possibilidade do lojista criar seu próprio site “do zero”, isto é, não hospedá-lo em uma plataforma, mas a dedicação e investimento necessários para isso são altamente custosos.

2. Manutenção do site

Outro ponto a considerar é a manutenção do site – que poder ser feita pela mesma empresa que desenvolveu a página, ou não. Esse é um custo recorrente, mas necessário para garantir a atualização de conteúdo - fotos, descrições, ficha técnica de produtos.

3. Segurança

Há também a necessidade de investir em segurança – tanto para o seu negócio como para seus clientes –, o que inclui a compra de software (antivírus) e de hardware. Fazer a integração do site com um meio de pagamento seguro também é aconselhável. Além de oferecer diversas opções de pagamento, essas empresas são responsáveis por garantir a segurança das informações bancárias dos clientes.

4. Backoffice

A gestão do backoffice da empresa online, isso é, todo o processo realizado a partir do clique do cliente no botão “comprar”, também é fundamental e, por isso, deve fazer parte do planejamento do negócio. Hoje, há sistemas ERP criados sob medida para o e-commerce, alguns deles disponíveis a custos bem acessíveis e até mesmo gratuitos.

Entre os principais módulos disponível estão o de emissão de nota fiscal, controle de estoque, logística e pós-venda, atendimento ao cliente, entre outros.

5. Custos de toda empresa: estoque, logística, salários, assessoria e marketing

Aliás, falando em estoque, o processo de ter e manter o estoque costuma ser o alvo de maior investimento em um e-commerce. Mas, esse é um dos custos existentes também no varejo offline. A diferença é que, no online, o estoque pode ser alocado em qualquer lugar e, por isso, o espaço usado pode ser menos custoso do que na loja física.

A parte logística também precisa ser considerada: manuseio, empacotamento e envio de produtos. Cuidado com o drop shipping – uma técnica de gestão da cadeia logística em que o varejista não mantém estoque próprio. Quando um produto é vendido, ele faz o pedido ao fornecedor e este se encarrega da embalagem e do envio direto para o cliente final. Há muitos pontos frágeis nesse processo, por isso, só com muita experiência é possível saber como lidar com todos.

Entre os outros custos comuns entre o varejo on e o varejo offline estão a folha de pagamentos, as assessorias jurídica e contábil e o marketing – o que é fundamental para atrair visitantes para a loja. Veja neste link mais informações sobre as vantagens e diferenças entre uma loja virtual e uma loja física.

Seguindo essas dicas, tenha a certeza, você terá em mãos um plano bem completo para avaliar os custos de ter uma loja online. Mas, lembre-se: tão importante quanto planejar é ter uma boa dose de ousadia para arriscar. Calcule os riscos e avance!

Helisson Lemos é presidente do Mercado Livre no Brasil.

Envie suas dúvidas sobre negócios digitais parapme-exame@abril.com.br.

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de PME

Mais na Exame