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Xstrata e mineradora russa suspendem produção de níquel

Empresas alegam que alta dos custos e queda dos preços corroeram a rentabilidade da operação

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As mineradoras anglo-suíça Xstrata e a russa Industrial Metallurgical Holding anunciaram, nesta terça-feira (19/8), que suspenderam parcialmente a produção de níquel. Segundo as empresas, a atividade deixou de ser lucrativa diante do aumento dos custos e da queda do preço do metal no mercado internacional. A Xstrata é a quarta maior refinadora de níquel do mundo. Já a mineradora russa responde por 5% da produção desse insumo em seu país.

No caso da Xstrata, a interrupção atingiu a planta de Falcondo, na República Dominicana. A paralisação deve durar até quatro meses, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. Falcondo fornece 29.000 toneladas de níquel por ano, o equivalente a 2% da produção mundial. A Xstrata pretende utilizar o período para manutenção de máquinas e equipamentos.

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A Industrial Metallurgical Holding suspendeu a produção de dois dos três fornos de sua fábrica em Reznickel e de dois dos cinco fornos da planta de Ufaleynickel. Com isso, a empresa cortou cerca de 40% de sua produção. Segundo a companhia, não há prazo para que as plantas voltem a operar plenamente. A reativação dos fornos está condicionada à recuperação dos preços. No ano passado, a Industrial produziu 14.144 toneladas de níquel.

O níquel é usado como matéria-prima para a produção de aço inoxidável. Os cortes levaram o preço do níquel a subir 3,6% na Bolsa de Londres, atingindo a cotação de 18.700 dólares por tonelada. O valor, porém, está muito longe do recorde atingido pela matéria-prima em maio de 2007 - 51.800 dólares por tonelada.

A maior produtora de níquel do mundo é a russa Norilsk. A Vale ( VALE4 ) aparece em segundo lugar. No primeiro semestre, a mineradora brasileira produziu 130 mil toneladas do metal, ante 124 mil toneladas no mesmo período do ano passado - um incremento de 5%. O negócio rendeu um faturamento bruto de 6,4 bilhões de reais à empresa na primeira metade do ano - ou 19,6% da receita bruta total da Vale.

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