Volks deve estender ao Brasil investigação sobre fraude
"A princípio não (há nenhum carro com o software no Brasil). Mas não temos a confirmação", disse diretor de assuntos governamentais, Antonio Megale
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2015 às 10h55.
São Paulo - Embora a Volkswagen comercialize apenas um modelo a diesel no Brasil, o diretor de assuntos governamentais da montadora no país, Antonio Megale, disse na terça-feira, 29, em São Paulo, que a investigação interna iniciada pela companhia para identificar fraude na emissão de poluentes deve se estender ao mercado brasileiro.
A Volks está no centro de um escândalo que veio à tona na semana passada, depois que o governo americano identificou a instalação de um software em veículos a diesel da marca para torná-los mais eficientes durante testes de emissões de gases.
"A princípio não (há nenhum carro com o software no Brasil). Mas não temos a confirmação", disse em entrevista à imprensa após participar de fórum promovido pela revista Quatro Rodas.
De acordo com Megale, o primeiro executivo da montadora no país a falar sobre o assunto, a questão está sendo tratada globalmente.
"A Volks tomou a decisão de fazer investigação interna e externa profunda sobre a questão. (...) Obviamente, quando é uma questão dessa natureza, a gente entende que isso terá de ser feito no mundo inteiro", disse.
Segundo Megale, tudo será investigado com muita "profundidade" e "transparência". Questionado sobre quando essas investigações devem começar, ele informou que ainda não há uma data porque o país "não está no foco" neste momento.
"As investigações estão sendo feitas principalmente nos Estados Unidos e nos países que têm aquela lista de veículos com motores a diesel mencionadas", afirmou.
A lista é composta pelos modelos Beetle, Golf, Jetta e Passat, da Volkswagen, e pelo no Audi A3, da Audi, fabricados de 2009 a 2015.
O diretor de Assuntos Governamentais ressaltou que, no Brasil, há apenas um modelo da Volkswagen com motor a diesel, a picape Amarok, que é fabricada na Argentina, com motor produzido na Alemanha.
Indagado se há possibilidade de o software estar instalado em veículos com motores movidos a gasolina e etanol, por exemplo, o executivo afirmou que não tem essa informação.
Ele informou ainda que, até o momento, a montadora não foi notificada pelo Ibama em relação ao caso no país.
O órgão ambiental abriu uma investigação contra a Volkswagen no Brasil para verificar se algum carro da montadora no país possui o mesmo software que alterou os motores a diesel da marca nos Estados Unidos, para torná-los mais eficientes durante testes de emissões de gases.
De acordo com a denúncia naquele país, o equipamento detectava quando os carros estavam sendo avaliados e ativava o controle de emissões de poluentes, que era desabilitado após os testes.
Segundo o Ibama, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, a Volks foi notificada na última sexta-feira, dia 25, a prestar esclarecimentos.
Caso a violação das regras brasileiras seja comprovada, o órgão informa que a companhia poderá ser multada em até R$ 50 milhões e será obrigada a corrigir o problema em todos os veículos que eventualmente possuam o equipamento.
Na terça-feira, 29, a fabricante de caminhões e ônibus MAN, do grupo Volkswagen, distribuiu nota em que afirma que seus produtos não "estão afetados pela atual discussão sobre a manipulação dos limites de emissões" e que todos os seus motores atendem "exigências da legislação".
São Paulo - Embora a Volkswagen comercialize apenas um modelo a diesel no Brasil, o diretor de assuntos governamentais da montadora no país, Antonio Megale, disse na terça-feira, 29, em São Paulo, que a investigação interna iniciada pela companhia para identificar fraude na emissão de poluentes deve se estender ao mercado brasileiro.
A Volks está no centro de um escândalo que veio à tona na semana passada, depois que o governo americano identificou a instalação de um software em veículos a diesel da marca para torná-los mais eficientes durante testes de emissões de gases.
"A princípio não (há nenhum carro com o software no Brasil). Mas não temos a confirmação", disse em entrevista à imprensa após participar de fórum promovido pela revista Quatro Rodas.
De acordo com Megale, o primeiro executivo da montadora no país a falar sobre o assunto, a questão está sendo tratada globalmente.
"A Volks tomou a decisão de fazer investigação interna e externa profunda sobre a questão. (...) Obviamente, quando é uma questão dessa natureza, a gente entende que isso terá de ser feito no mundo inteiro", disse.
Segundo Megale, tudo será investigado com muita "profundidade" e "transparência". Questionado sobre quando essas investigações devem começar, ele informou que ainda não há uma data porque o país "não está no foco" neste momento.
"As investigações estão sendo feitas principalmente nos Estados Unidos e nos países que têm aquela lista de veículos com motores a diesel mencionadas", afirmou.
A lista é composta pelos modelos Beetle, Golf, Jetta e Passat, da Volkswagen, e pelo no Audi A3, da Audi, fabricados de 2009 a 2015.
O diretor de Assuntos Governamentais ressaltou que, no Brasil, há apenas um modelo da Volkswagen com motor a diesel, a picape Amarok, que é fabricada na Argentina, com motor produzido na Alemanha.
Indagado se há possibilidade de o software estar instalado em veículos com motores movidos a gasolina e etanol, por exemplo, o executivo afirmou que não tem essa informação.
Ele informou ainda que, até o momento, a montadora não foi notificada pelo Ibama em relação ao caso no país.
O órgão ambiental abriu uma investigação contra a Volkswagen no Brasil para verificar se algum carro da montadora no país possui o mesmo software que alterou os motores a diesel da marca nos Estados Unidos, para torná-los mais eficientes durante testes de emissões de gases.
De acordo com a denúncia naquele país, o equipamento detectava quando os carros estavam sendo avaliados e ativava o controle de emissões de poluentes, que era desabilitado após os testes.
Segundo o Ibama, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, a Volks foi notificada na última sexta-feira, dia 25, a prestar esclarecimentos.
Caso a violação das regras brasileiras seja comprovada, o órgão informa que a companhia poderá ser multada em até R$ 50 milhões e será obrigada a corrigir o problema em todos os veículos que eventualmente possuam o equipamento.
Na terça-feira, 29, a fabricante de caminhões e ônibus MAN, do grupo Volkswagen, distribuiu nota em que afirma que seus produtos não "estão afetados pela atual discussão sobre a manipulação dos limites de emissões" e que todos os seus motores atendem "exigências da legislação".