Vale triplicará produção de potássio com novo projeto em SE
Empresa terá uma parceria com a Petrobras, considerada estratégica pelo governo brasileiro
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2012 às 16h00.
Rio de Janeiro - A Vale triplicará sua produção de potássio a partir de um novo projeto em Sergipe, onde já possui uma mina em operação por meio de contrato de arrendamento que foi renovado nesta segunda-feira com a Petrobras, em uma parceria considerada estratégica pelo governo brasileiro.
Com o início da operação do projeto Carnalita, a Vale deverá produzir anualmente mais 1,2 milhão de toneladas do insumo usado na produção de fertilizantes em Sergipe, informou a mineradora por meio de comunicado.
O projeto entrará em operação entre 2014 e 2015, disse o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, durante discurso em solenidade que formalizou o acordo com a Petrobras.
"Será a maior planta de extração de potássio do Brasil, contribuindo para os esforços da Vale em aumentar a produção de insumos para o mercado agrícola brasileiro e reduzindo a dependência da importação de fertilizantes pelo país", afirmou o executivo, ao lado das presidentes da República, Dilma Rousseff, e da Petrobras, Maria das Graças Foster.
O projeto, atualmente em fase de detalhamento de engenharia, será aprovado pelo Conselho de Administração da Vale ainda neste ano, segundo nota da mineradora. Anteriormente, o investimento na mina de Sergipe foi estimado em 4 bilhões de dólares.
Segundo a Vale, oferta de potássio por este projeto permitirá ao Brasil economizar cerca de 17 bilhões de dólares em divisas ao longo de 29 anos, considerando que o Brasil importa 90 por cento das suas necessidades de potássio e 70 por cento das de fertilizantes.
"Previsões de longo prazo para o projeto não poderiam ser melhores", acrescentou Ferreira.
O acerto entre as empresas - fechado em fevereiro - permite o arrendamento, por mais 30 anos, para exploração das reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio, cuja concessão é propriedade da Petrobras. Desde 1992, Vale já explora a mina arrendada da Petrobras e produz cloreto de potássio a partir dos sais de silvinita, num volume de cerca de 600 mil toneladas anuais.
A presidente Dilma Rousseff comemorou a assinatura do contrato, afirmando que o Brasil, uma potência agrícola, não pode depender do mercado internacional para a obtenção de potássio.
"Um país que tem potássio, que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio, não pode depender da forma como nós dependemos, em 90 por cento, para o uso do potássio de países do exterior", disse ela durante a cerimônia.
"(O acordo) é um passo fundamental na produção de um dos componentes dos fertilizantes mais difícil de ser encontrado, que é o potássio. E é isso que importa", acrescentou Dilma, que durante o evento assinalou que o presidente da Vale é uma liderança empresarial comprometida com o desenvolvimento do nosso país.
Recentemente, Vale e Petrobras assinaram um protocolo de intenções que inclui projetos em parceria nas áreas de potássio, fertilizantes nitrogenados, termelétrica, ativos de óleo, gás e de biodiesel, e logística.
As duas companhias levaram vários meses além do previsto para viabilizar o projeto Carnalita porque na mesma região a Petrobras explora petróleo.
A exploração de potássio e petróleo ao mesmo tempo poderia provocar explosões, levando as duas empresas a um longo processo de negociação.
Redução na produção
A produção de potássio da Vale atingiu 118 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, 12 por cento abaixo do mesmo período de 2011 e 34,5 por cento menor que o volume alcançado no trimestre anterior.
A redução do volume de produção de potássio pela mineradora foi causada "pelas condições geológicas da mina", informou a mineradora em relatório na semana passada.
Além desses, outros projetos bilionários estão sendo planejados pela mineradora, como Rio Colorado, na Argentina, para ampliar substancialmente a produção da matéria-prima para fertilizantes. O objetivo da empresa é ser um dos maiores produtores de potássio no futuro.
Para o novo projeto, a Vale está testando uma nova tecnologia de exploração. Diferentemente da produção atual do cloreto de potássio, cuja extração é feita em lavra subterrânea na mina de Taquari-Vassouras, a mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura (mistura da carnalita com outros sais) será então retirada do subsolo e processada na superfície.
Rio de Janeiro - A Vale triplicará sua produção de potássio a partir de um novo projeto em Sergipe, onde já possui uma mina em operação por meio de contrato de arrendamento que foi renovado nesta segunda-feira com a Petrobras, em uma parceria considerada estratégica pelo governo brasileiro.
Com o início da operação do projeto Carnalita, a Vale deverá produzir anualmente mais 1,2 milhão de toneladas do insumo usado na produção de fertilizantes em Sergipe, informou a mineradora por meio de comunicado.
O projeto entrará em operação entre 2014 e 2015, disse o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, durante discurso em solenidade que formalizou o acordo com a Petrobras.
"Será a maior planta de extração de potássio do Brasil, contribuindo para os esforços da Vale em aumentar a produção de insumos para o mercado agrícola brasileiro e reduzindo a dependência da importação de fertilizantes pelo país", afirmou o executivo, ao lado das presidentes da República, Dilma Rousseff, e da Petrobras, Maria das Graças Foster.
O projeto, atualmente em fase de detalhamento de engenharia, será aprovado pelo Conselho de Administração da Vale ainda neste ano, segundo nota da mineradora. Anteriormente, o investimento na mina de Sergipe foi estimado em 4 bilhões de dólares.
Segundo a Vale, oferta de potássio por este projeto permitirá ao Brasil economizar cerca de 17 bilhões de dólares em divisas ao longo de 29 anos, considerando que o Brasil importa 90 por cento das suas necessidades de potássio e 70 por cento das de fertilizantes.
"Previsões de longo prazo para o projeto não poderiam ser melhores", acrescentou Ferreira.
O acerto entre as empresas - fechado em fevereiro - permite o arrendamento, por mais 30 anos, para exploração das reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio, cuja concessão é propriedade da Petrobras. Desde 1992, Vale já explora a mina arrendada da Petrobras e produz cloreto de potássio a partir dos sais de silvinita, num volume de cerca de 600 mil toneladas anuais.
A presidente Dilma Rousseff comemorou a assinatura do contrato, afirmando que o Brasil, uma potência agrícola, não pode depender do mercado internacional para a obtenção de potássio.
"Um país que tem potássio, que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio, não pode depender da forma como nós dependemos, em 90 por cento, para o uso do potássio de países do exterior", disse ela durante a cerimônia.
"(O acordo) é um passo fundamental na produção de um dos componentes dos fertilizantes mais difícil de ser encontrado, que é o potássio. E é isso que importa", acrescentou Dilma, que durante o evento assinalou que o presidente da Vale é uma liderança empresarial comprometida com o desenvolvimento do nosso país.
Recentemente, Vale e Petrobras assinaram um protocolo de intenções que inclui projetos em parceria nas áreas de potássio, fertilizantes nitrogenados, termelétrica, ativos de óleo, gás e de biodiesel, e logística.
As duas companhias levaram vários meses além do previsto para viabilizar o projeto Carnalita porque na mesma região a Petrobras explora petróleo.
A exploração de potássio e petróleo ao mesmo tempo poderia provocar explosões, levando as duas empresas a um longo processo de negociação.
Redução na produção
A produção de potássio da Vale atingiu 118 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, 12 por cento abaixo do mesmo período de 2011 e 34,5 por cento menor que o volume alcançado no trimestre anterior.
A redução do volume de produção de potássio pela mineradora foi causada "pelas condições geológicas da mina", informou a mineradora em relatório na semana passada.
Além desses, outros projetos bilionários estão sendo planejados pela mineradora, como Rio Colorado, na Argentina, para ampliar substancialmente a produção da matéria-prima para fertilizantes. O objetivo da empresa é ser um dos maiores produtores de potássio no futuro.
Para o novo projeto, a Vale está testando uma nova tecnologia de exploração. Diferentemente da produção atual do cloreto de potássio, cuja extração é feita em lavra subterrânea na mina de Taquari-Vassouras, a mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura (mistura da carnalita com outros sais) será então retirada do subsolo e processada na superfície.