Toyota respeita, mas não concorda com decisão do MP de Minas
Toyota divulgou nota afirmando que a decisão é baseada em alguns casos de aceleração involuntária reportados por clientes
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Toyota do Brasil "respeita, mas não concorda" com a decisão anunciada na quarta-feira pelo Ministério Público de Minas Gerais, de suspender as vendas do modelo Corolla em todo o Estado, após alguns veículos apresentarem problema de aceleração contínua causado pela falta de fixação do tapete ao assoalho.
A decisão, tomada por meio do Procon Estadual, foi baseada em nove casos de veículos que apresentaram problemas de aceleração contínua, o que, de acordo com o órgão, coloca em risco a vida de pessoas.
Ainda segundo o Procon, a falta de fixação do tapete está discriminada no manual de instruções do veículo, mas a informação não é repassada ao consumidor no momento da compra e não está visível no interior do veículo, não atendendo as exigências do Código de Defesa do Consumidor.
Em nota, a Toyota afirmou que a decisão "é baseada em alguns casos de aceleração involuntária reportados por clientes".
"Após análise desses casos, a Toyota identificou que o retorno do pedal do acelerador foi afetado pelo mau posicionamento ou instalação incorreta do tapete do motorista, assim como pelo uso de tapetes não genuínos, incompatíveis com o projeto do veículo", diz o comunicado, ressaltando que os veículos "não apresentam qualquer defeito que possa vir a causar aceleração involuntária".
No início deste mês, a Toyota anunciou um recall de 12.984 veículos na Coreia do Sul em decorrência de problemas com a fixação do tapete ao assoalho nos modelos Lexus ES350, Camry e Camry Hibridus.
De acordo com a montadora, o recall anunciado pelas afiliadas da Toyota Motor Corporation não afeta os modelos vendidos no mercado brasileiro, considerando que os componentes usados nas regiões atingidas pelo recall são diferentes daqueles usados nos veículos vendidos no Brasil.
Conforme a decisão do Ministério Público, as vendas do Corolla serão liberadas "quando o fabricante adotar medidas que impeçam a troca do tapete original de fábrica e após ter efetuado a troca dos tapetes dos veículos em circulação".
A companhia, por sua vez, afirmou que tomará as medidas necessárias que preservem seus direitos.
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