A operadora de telefonia mexicana Telefonos de Mexico SA, a Telmex, aumentou sua oferta de compra da Embratel de 360 milhões de dólares para 400 milhões.

Em comunicado à imprensa, a Telmex disse que o conselho da MCI, a operadora americana que controla a Embratel - já aprovou a nova oferta. Além disso, a empresa mexicana também prometeu adiantar 50 milhões de dólares a MCI, que poderão ser mantidos mesmo se o negócio não for fechado.

A oferta da Telmex foi feita depois que o Calais, consórcio formado pelas operadoras de telefonia locais Brasil Telecom, Telemar e Telefônica e pela Geodex, aumentou pela segunda vez sua oferta inicial pela Embratel, que era de 550 milhões. Além deste valor, atual oferta do grupo brasileiro está em 396 milhões de dólares no ato da assinatura do contrato (mesmo que ele não seja aprovado pelos órgãos reguladores brasileiros). O Calais está disposto ainda a pagar 154 milhões quando a compra for aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de defesa Econômica (Cade).

Os executivos da MCI preferem fechar acordo com a Telmex um pré-acordo já foi assinado em março , pois estão preocupados que a Anatel e o Cade não aprovem a venda para o consórcio, uma vez que a compra da Embratel pelas suas concorrentes fere as leis do setor de telecomunicações do país.

A decisão sobre a venda da Embratel ainda está nas mãos do tribunal de falências dos Estados Unidos onde corria o processo de concordata da MCI. Apesar de a empresa americana ter conseguido sair da concordata (no dia 20/4) o que esfriou a forte campanha do Calais junto a MCI - ainda valerá a decisão da Justiça. O tribunal deve dar o parecer sobre a disputa entre a Telmex e o Calais na próxima terça-feira (27/4).

A Telmex, do bilionário mexicano Carlos Slim, possui 42,6 milhões de ações da MCI adquiridas depois que a empresa entrou em concordata. Com elas, ele já possui 10% da empresa.