Exame Logo

Santander fecha parceria com FedEx para apoiar pequeno exportador

O banco assessora e financia exportadores de primeira viagem; a empresa de entregas expressas cuida da logística e dá desconto

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O Programa Exportar do banco Santander Banespa recebeu reforço da FedEx, em parceria para apoiar pequenas empresas em seus primeiros passos no comércio exterior, ou para ampliar a capacidade daquelas que deram um salto em suas vendas externas. O programa, iniciado em agosto de 2003 nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, reúne em sua carteira 290 empresas, além de outras 170 em processo de análise 95% das quais faturam até 30 milhões de reais por ano.

Até o início de abril foram aprovados 6,4 milhões de dólares em financiamento às exportações e 7,6 milhões de reais em créditos para empresas exportadoras. A partir de junho, a iniciativa será ampliada para Santa Catarina e Paraná.

Veja também

Pelo acordo de cooperação, anunciado nesta terça-feira (4/5) por Dorothéa Werneck, coordenadora do programa, e Guilherme Gatti, diretor de marketing para a América do Sul da FedEx, a multinacional americana de transporte expresso, presente em 215 países, concede descontos de 25% a 50% do valor regular dos fretes para empresas encaminhadas pelo Santander.

"Financiamento e logística são as duas questões que acabam fazendo as empresas morrerem na praia na hora de exportar", diz Dorothéa. A ex-ministra da Indústria, Comércio e Turismo e ex-diretora da Agência de Promoção de Exportações (APEX) mencionou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pela qual 65% das empresas pequenas e médias nunca tentaram exportar.

Ainda assim, o banco viu nesse nicho uma oportunidade de negócios. Cerca de 40% das empresas atendidas pelo Programa Exportar não eram clientes prévios do Santander.

Taxas iguais

Os financiamentos à exportação já aprovados, que variam de 10 mil a 500 mil dólares, não usufruem privilégios nas taxas, mantidas no patamar de 8% a 12% ao ano. "O diferencial do programa é uma linguagem acessível ao pequeno exportador sem termos em inglês nem siglas , foco no futuro da empresa, rapidez na liberação de recursos e acompanhamento passo a passo depois da aprovação", afirma Dorothéa. Segundo ela, a assessoria prestada pelo banco não é cobrada. "Há casos em que o gerente do Santander monta o balanço da empresa, e ajuda o empresário a descobrir seu próprio potencial e suas fragilidades". Por meio de sua rede de agências em 40 países, o Santander avalia o histórico dos importadores. "O risco do exportador brasileiro de não receber do importador é o risco do Santander de não receber pagamento pelas operações que financiou", diz Dorothéa.

Para Gatti, há uma lacuna anterior ao financiamento e logística para o pequeno exportador: informação. "O pequeno empresário gosta de ser levado pela mão. Não adianta colocar um livro sobre comércio exterior na mesa dele. Não vai ler". Diante desse desafio, a FedEx destacou em seu centro de atendimento ao cliente um grupo de dez profissionais especializados em exportação. Caso as dúvidas tenham relação com financiamento, o empresário é encaminhado a um gerente do Santander, para atendimento pessoal.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame