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Minério brasileiro é fonte estratégica para o crescimento da China

O Brasil, com seus amplos e variados depósitos minerais de alta qualidade, converteu-se numa fonte estratégica para o crescimento da China. A acelerada expansão da economia chinesa fez a base anual de consumo de minérios saltar de 150 milhões de toneladas há pouco tempo atrás para as atuais 390 milhões de toneladas. Quase a metade […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O Brasil, com seus amplos e variados depósitos minerais de alta qualidade, converteu-se numa fonte estratégica para o crescimento da China. A acelerada expansão da economia chinesa fez a base anual de consumo de minérios saltar de 150 milhões de toneladas há pouco tempo atrás para as atuais 390 milhões de toneladas. Quase a metade disso é importada de outros países. É por essa razão que a Vale do Rio Doce se tornou, entre as empresas brasileiras que ganham dinheiro no vácuo da expansão da China, a que melhor expressa as novas oportunidades de negócios abertas pela demanda acelerada no outro lado do mundo. No ano passado, a Vale destinou à China 18,8% de suas exportações. No início dos anos 90, as encomendas chinesas representavam apenas 3% do total da companhia ( veja quadro abaixo ).

A partir da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim em maio, o esforço de aproximação da Vale com empresas chinesas deve ganhar novo impulso. Espera-se que a empresa anuncie oficialmente a construção de um pólo siderúrgico em São Luís do Maranhão em parceria com a Baosteel, um dos grandes grupos chineses do setor. O projeto integra um memorando de entendimento assinado por ambas as empresas em dezembro passado.Parte do aço a ser produzido no novo pólo será consumido pela China, mas o país não será o destino primordial da produção de São Luiz.

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"Os chineses estão atraídos pela possibilidade de gerar produção competitiva para abastecer o mercado americano", diz Gabriel Stoliar, diretor de planejamento e gestão da Vale do Rio Doce. Ele ressalta que os chineses precisam de muitos outros tipos de insumos, como cobre e níquel, e confirma seu interesse em participar do projeto de expansão daAlunorte, empresa da Vale que produz alumina num complexo instalado no porto de Trombetas, no Pará.

O objetivo é implantar mais duas linhas produtivas junto às três já existentes, elevando a capacidade da planta para 4,2 milhões de toneladas de alumina por ano em 2006. Com isso, a Alunorte se converterá na maior refinaria de alumina do mundo. Em operação há oito anos, a empresa, com capacidade de produzir 2,4 milhões de toneladas anuais, é uma das cinco maiores refinarias de alumina do mundo. "A grande vantagem da parceria com os chineses é que, além de ter condições de investir no negócio, garantem a demanda necessária para viabilizar a expansão da produção de alumina", diz Stoliar.

A Vale oferece um dos custos de produção mais baixos do mundo. "As vantagens competitivas resultantes do fato de operarmos todo o conjunto de jazidas, ferrovias, usinas e porto tornam a Vale do Rio Doce imbatível", afirma Stoliar. "Sem falar que todo esse aparato barateia o custo de quem quer investir aqui."

Exportações da CVRD para a China
em mil toneladas métricas
Fonte: empresa
P/ ChinaTotaisPercentual participação das exportações da China nas Exportações totais da CVRD
198037353,4730.70%
198130554,4080.56%
1982047,1820.00%
1983045,3090.00%
198461758,1931.06%
19851,14361,1251.87%
19861,51660,1072.52%
19872,01766,3623.04%
19881,73071,8102.41%
19891,60978,2502.06%
19902,36877,0823.07%
19913,37675,4834.47%
19923,26167,6274.82%
19933,96569,6725.69%
19946,12977,1527.94%
19956,72182,0418.19%
19965,63779,6337.08%
19976,20784,7737.32%
19985,71281,8126.98%
19997,31279,5549.19%
20009,16590,60610.12%
200114,90698,64315.11%
200217,847114,37615.60%
2003 (c/ Ferteco)25,656135,86418.88%
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