Em seu terceiro ano de atuação no mercado brasileiro, a Gol Transportes Aéreos apresentou a segunda melhor rentabilidade da aviação civil no mundo, de acordo com Constantino de Oliveira Jr., presidente da empresa. Segundo o executivo, a Gol só perde para a irlandesa RyanAir empresa que obteve margem líquida de 28,4% em 2003.

A empresa dobrou a receita líquida em relação a 2002, atingindo 1,4 bilhão de reais, registrou lucro líquido de 113 milhões, (margem de 8,1% em relação à receita líquida) e lucro operacional de 170 milhões de reais (com margem de 12,1%). O EBITDA (resultado operacional antes de despesas financeiras líquidas, depreciação, amortização e arrendamentos) foi de 526 milhões de reais, um crescimento de 127,7% em relação ao resultado de 2002.

"A desvalorização do dólar frente ao real contribuiu para o resultado", disse Oliveira Jr. Pelo relatório da empresa divulgado nesta terça-feira (27/4), "a depreciação do dólar em 22,3% contribuiu expressivamente" para a recuperação do mercado nacional de aviação civil.

A participação da Gol nesse mercado evoluiu de 17,17% em 2002 para 19,24% em 2003 a meta para 2004 é superar 20%. Para tanto, Constantino afirmou que vai buscar melhor utilização dos ativos, maior ocupação dos assentos e a conclusão de planos de redução de custos "já em fase de implementação".

A empresa expandiu em 49% a oferta de assentos em 2003, com uma utilização da frota 52% superior ao ano anterior. Com esses resultados, o índice de aproveitamento das aeronaves foi de 64%. Operando 22 Boeing 737 Next Generation, a companhia aumentou o registro de horas de vôo de 12h18 por dia, em 2002, para 12h48 por dia em 2003 - recorde da indústria mundial, segundo a Boeing.

O vôo inaugural da Gol ocorreu em janeiro de 2001. Atualmente, a companhia efetua 236 vôos diários, abrangendo 29 bases, e conta com 2.453 colaboradores (18,4% mais que em 2002). Constantino não descartou alianças nacionais ou internacionais. "Estamos abertos a alianças, desde que isto não implique em mudança no conceito do nosso negócio."