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Sócio da Quattor diz que vai brigar até o final

Por AE São Paulo - O empresário Alberto Soares de Sampaio Geyer, principal opositor de uma possível união entre as petroquímicas Braskem e Quattor, mantém a opinião de que o negócio entre as partes não será concluído. Dias após ver a Justiça fluminense cassar a liminar que impedia o avanço das conversações entre os controladores […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Por AE

São Paulo - O empresário Alberto Soares de Sampaio Geyer, principal opositor de uma possível união entre as petroquímicas Braskem e Quattor, mantém a opinião de que o negócio entre as partes não será concluído. Dias após ver a Justiça fluminense cassar a liminar que impedia o avanço das conversações entre os controladores dos dois grupos, Alberto Geyer ressalta que irá “às últimas consequências” para evitar o negócio, que na visão dele é lesivo aos sócios da Vila Velha Administração e Participações (holding que controla a Unipar, que, por sua vez, controla a Quattor) e ao País. “O Brasil não precisa de uma única empresa para determinar os preços das resinas”, disse. Alberto tem cerca de 24% das ações ordinárias da Vila Velha.

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As últimas consequências citadas pelo empresário passam, basicamente, por uma complexa batalha jurídica, que promete novos desdobramentos a cada decisão da Justiça do Rio. O mais recente capítulo do impasse ocorreu na semana passada, quando o empresário obteve na terça-feira liminar que impedia as negociações em torno do acordo entre Braskem e Quattor. No dia seguinte, no entanto, a Unipar e a empresária Maria Soares de Sampaio Geyer entraram com pedido de efeito suspensivo da liminar, que foi atendido pelo desembargador de plantão. A nova decisão, tomada às vésperas do Natal, determina que o caso, até o momento avaliado apenas por juízes e desembargadores de plantão, seja reavaliado por um juiz em exercício da 2ª Vara Empresarial, o que só poderá ocorrer a partir de 7 de janeiro, após o término do recesso da Justiça.

A assinatura de qualquer acordo até essa data se torna difícil por causa das festividades de final de ano e também ao entrave jurídico envolvendo outra ação, na qual Alberto Geyer questiona a posição de Frank Geyer Abubakir como curador da mãe, Cecília Geyer. “O juiz definiu que nada possa ser feito sem a aprovação judicial”, diz Alberto Geyer.

Alberto fez uma oferta de R$ 240 milhões pela participação das irmãs na Vila Velha. A oferta, no entanto, não deve ser aceita. “A Vila Velha não está à venda, assim como a participação dos sócios na empresa”, disse o advogado José Antonio Fichtner, que representa a Unipar e seus controladores.

Fichtner também questiona a exigência de Alberto Geyer de participar das negociações envolvendo a Quattor. “Só podem estar envolvidos nas negociações pessoas que tiverem participação administrativa dentro das empresas. Ele quer ter um direito que não possui”, afirma. Alberto Geyer foi excluído do bloco de controle da Vila Velha, formado oficialmente por Frank (em nome de sua mãe, Cecília), Maria e Vera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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