Acompanhe:
seloNegócios

Sem conseguir vender ativos, Saraiva corre risco de ter falência decretada

Após ação de um de seus credores, que questionou o plano apresentado pela varejista, a Justiça determinou agora um prazo 30 dias para uma nova proposta

Modo escuro

Continua após a publicidade
Loja da Saraiva (Saraiva/Divulgação)

Loja da Saraiva (Saraiva/Divulgação)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de setembro de 2021 às, 17h54.

Sem conseguir vender ativos, como pontos de lojas e seu domínio na internet, para ganhar fôlego para pagar seus credores e arcar com despesas, a rede de livrarias Saraiva sofreu um novo revés em seu plano de recuperação judicial. Dessa vez, corre o risco de ter decretada sua falência.

Após ação de um de seus credores, a empresa de tecnologia Infosys, que questionou o plano da varejista apresentado em março, a Justiça determinou agora que a Saraiva apresente em até 30 dias uma nova proposta, sob a pena de que sua falência seja decretada. No entanto, a empresa já tinha feito, alguns dias antes dessa decisão, um ajuste no plano já contemplando o insucesso na venda de ativos. Agora, poderá avaliar uma nova mudança, disse uma fonte.

Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

Dívida milionária

A Saraiva, em recuperação judicial desde 2018 e com dívidas na época na ordem de R$ 674 milhões, não conseguiu vender os ativos que seriam utilizados para pagar os credores e para injetar caixa na operação. Fez recentemente a terceira tentativa de vender um conjunto de lojas e o seu e-commerce, mas não atraiu interessados.

Sem esses recursos, a empresa apresentou, na semana passada, um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores deveriam optar em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2016, com juros de 0,5% ao ano.

Segundo decisão da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, o novo plano também precisará ser votado em 30 dias. Enquanto não for aprovado, a empresa precisará cumprir aquilo que já tinha sido validado anteriormente, com foco aos credores trabalhistas. Já havia sido determinado, por exemplo, que a empresa pague regularmente até R$ 160 mil em créditos trabalhistas.

No fim de junho, conforme o último resultado divulgado pela empresa, a Saraiva tinha 38 lojas, ante 64 um ano antes. O prejuízo no primeiro semestre foi de R$ 45 milhões, ante uma perda de R$ 108 milhões na primeira metade de 2020.

Procurada, a Saraiva não respondeu o contato da reportagem.

Assine a EXAME e fique por dentro de todas as mudanças políticas do país e do mundo.

Últimas Notícias

Ver mais
Defendida por Haddad, PL que altera lei das falências tranca pauta na próxima semana
Economia

Defendida por Haddad, PL que altera lei das falências tranca pauta na próxima semana

Há 5 dias

Mulheres na liderança: 5 audiolivros que guiaram a diretora-geral da Audible Brasil
Um conteúdo Bússola

Mulheres na liderança: 5 audiolivros que guiaram a diretora-geral da Audible Brasil

Há uma semana

Pimenta, divórcio e falência: a história do sumiço do molho sriracha
Pop

Pimenta, divórcio e falência: a história do sumiço do molho sriracha

Há uma semana

Luto e traição: livro que Gabriel García Márquez quis destruir é lançado 10 anos após sua morte
Casual

Luto e traição: livro que Gabriel García Márquez quis destruir é lançado 10 anos após sua morte

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais