O Grupo Schincariol entrou com pedido de impugnação do negócio entre a Ambev e a Interbrew nos três principais órgãos de defesa da concorrência: o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE).

De acordo com comunicado divulgado nesta quinta-feira (1/4), a Schincariol acredita que o negócio prejudicará "de forma bastante intensa" a concorrência no mercado de cervejas nacional. Os principais pontos levados aos três órgãos públicos são:

1. O negócio atinge a concorrência potencial no mercado nacional de cervejas, ao afastar a ameaça de entrada no Brasil da Interbrew de forma independente;

2.Reforço do poder de monopólio da Ambev, o que acarreta prejuízos para a concorrência no mercado de cervejas;

3. Aumento da viabilidade de a AMBEV empreender práticas predatórias de mercado, ao criar uma empresa com potencial inimaginável de geração de caixa;

4. Ampliação do portfólio da Ambev, fator que reforça o poder de mercado da Ambev e cujos efeitos danosos sobre a concorrência tem sido objeto de diversas decisões recentes do CADE;
5. O mercado brasileiro de cerveja possui uma empresa detentora de poder de mercado, a Ambev, decorrente de sua elevada participação de mercado, existência de barreiras à entrada, extenso portfólio e uma estrutura tributária aplicada ao setor que impõe severas restrições à concorrência por meio de preços.