São Paulo busca empréstimo do BNDES para cobrir Morumbi

Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil, os estádios brasileiros de futebol precisam se modernizar e se adequar às exigências da Federação Internacional de Futebol (FIFA) a fim de sediar alguns jogos durante o evento. De acordo com Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo Futebol Clube, o estádio já tem tudo planejado para as reformas até a Copa de 2014, inclusive parcerias fechadas. Segundo ele, só estariam faltando recursos para efetuar a complexa obra de cobertura total das arquibancadas superiores. O financiamento para isso poderá vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas o valor ainda não foi definido.

"Estamos procurando dinheiro, sim, do BNDES. Por que o banco pode emprestar para empresas como a Daslu e não para o futebol?", afirmou Juvêncio em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24/08).

A cobertura do estádio é o grande desafio do São Paulo para os próximos meses, pois é preciso realizar a obra sem que haja sobrepeso em suas estruturas. "É como colocar um chapéu sem apoiá-lo sobre a cabeça", disse Juvêncio. No entanto, o presidente afirmou haver tecnologia suficiente para concluir o projeto sem que haja problemas futuros.

Ainda de acordo com Juvêncio, o Morumbi já possui prontas 84% das necessidades que uma Copa do Mundo precisa. Um exemplo disso é o acesso por meio de um elevador ao vestiário, à sala de imprensa e às tribunas - uma integração que nenhuma arena da América do Sul possui.

Cia Athletica no Morumbi

O lançamento do projeto de uma unidade da academia Cia Athletica dentro do estádio, com visão perfeita para o campo, não aconteceu por acaso. "Este é um momento de definição em que todas as arenas querem surpreender a FIFA. E o Morumbi se credencia como a melhor solução para a Copa do Mundo. Pena que ainda não consegui convencer todos os meus ouvintes disso, mas é uma questão de tempo", disse Juvêncio.

Com uma projeção de faturamento de cerca de 20 milhões para 2009, o São Paulo pretende quadruplicar esse valor com as obras impulsionadas pela Copa, incluindo o plano de mobilidade do governo federal. A linha amarela de metrô que passará próximo ao estádio, o metrô leve (com tecnologia VLP, Veículo Leve sobre Pneus) que vai fazer a ligação entre Congonhas e o Morumbi, e a otimização das redes hoteleiras da região são exemplos de planos governamentais que beneficiarão o estádio.