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Saiba mais sobre países que também são exemplos de sucesso em turismo<!--/titulo-->

Conheça as histórias da campeã França, do paraíso ecológico chamado Costa Rica e do país do bungee jump, a Nova Zelândia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Para entrar na briga por uma fatia maior no bolo do turismo mundial, o Brasil deve ficar atento a quem já garantiu um bom pedaço. Conheça as históricas de sucesso da campeoníssima França, da Nova Zelândia e da Costa Rica.

  • FRANÇA

    O Louvre sozinho recebe mais turistas do que o Brasil

    Turistas estrangeiros: 75 milhões
    Receitas cambiais: US$ 41 bilhões
    Atrações principais: museus, gastronomia, moda e consumo de luxo, parques Asterix e Disneylândia Paris

    Comparar os números do turismo francês aos do Brasil é covardia. Só o Louvre, um dos símbolos de Paris, recebeu 5,7 milhões de visitantes no ano passado, tudo o que os brasileiros conseguiram atrair no mesmo período e um pouco mais. Um total de 75 milhões de turistas estrangeiros visitou a França no ano passado, o que faz dela o destino campeão do mundo. Cerca de 80% dos visitantes são europeus com dinheiro para torrar nas férias. Atribui-se à estratégia de divulgação da Maison de la France, uma espécie de Embratur ligada ao ministério dos Transportes e Turismo, parte fundamental do sucesso do turismo no país. Com 32 escritórios espalhados por 27 países, a Maison possui mais funcionários contratados para suas unidades externas do que na própria França. A estratégia do momento é atrair turistas de maior poder aquisitivo e convencê-los a permanecer mais tempo na França. Com isso, espera compensar a perda de receitas resultante da súbita redução do número de turistas americanos uma queda de 12% a 15% que só agora dão sinais de estar voltando depois da tragédia com o World Trade Center, em Nova York.

  • NOVA ZELÂNDIA
    300 dólares por um salto no desfiladeiro
    Turistas estrangeiros: 2,2 milhões
    Divisas estrangeiras: US$ 4,8 bilhões
    Principais atrações: bungee jump

    Tido até há pouco tempo como um país insípido, cujos grandes diferenciais era ter uma fruta chamada kiwi e um enorme rebanho de carneiros exatas 14,4 cabeças para cada habitante, a Nova Zelândia se transformou de uns tempos para cá em coqueluche entre os amantes de esportes radicais de todo o mundo. No ano passado, um total de 2,2 milhões de turistas estrangeiros equivalente a mais de 50% da população do país visitou esse amontoado de ilhas no outro lado do hemisfério Sul. Há apenas seis anos, não recebia mais do que 1,5 milhão de visitantes. Nesse meio tempo, governo e empresários mudaram a maneira de lidar com o turismo. Passaram a vender a imagem da Nova Zelândia como um lugar seguro, limpo, divertido e com uma natureza intocável. No momento, aproveitam a publicidade gerada pela trilogia O Senhor dos Anéis, filmada no país, para divulgar suas paisagens deslumbrantes. Cerca de 7% dos turistas que visitaram a Nova Zelândia no ano passado o fizeram após ver a série. O turismo já é o maior item de exportação do país, à frente da indústria de laticínios. Em 2003, gerou receitas de 4,8 bilhões de dólares. O objetivo é fazê-las crescer ainda mais. As corredeiras, fiords e desfiladeiros do país servem de pretexto para uma série de atividades criadas para dar valor ao passeio. Caso, por exemplo, do bungee jump, em que o turista, preso por um cabo no tornozelo, salta de uma plataforma fixada num precipício. Pode também ser móvel, instalada num paraglide, espécie de pára-quedas içado por um barco, que permite ao turista ver a paisagem do alto. Em vez de pagar por um mero passeio de barco, acaba tirando do bolso 300 dólares.

  • COSTA RICA
    O paraíso ecológico
    Turistas estrangeiros: 1,1 milhão
    Divisas cambiais: US$ 1,2 bilhão
    Principais atrações: praias, vulcões, vida selvagem, pesca esportiva e golfe

    Conhecida como a Suíça da América Central, por causa de suas montanhas e tradição de estabilidade política, a Costa Rica fez da conservação de sua fauna e flora o trampolim para criar uma das indústrias de ecoturismo mais bem-sucedidas do mundo. Graças à implantação de parques nacionais e reservas de proteção ambiental em 25% do seu território, atrelada a uma política de incentivos fiscais, os costa-riquenses criaram um negócio que é hoje a principal fonte de receitas externas do país. No ano passado, turistas estrangeiros, sobretudo americanos, canadenses e alemães, irrigaram a economia local com 1,2 bilhão de dólares, quase o triplo do registrado em 1992. A escolha do ex-presidente Oscar Arias Sanchez para o prêmio Nobel da Paz em 1987 ajudou a despertar a curiosidade sobre a Costa Rica e a incluí-la na rota das grandes empresas aéreas e das redes hoteleiras internacionais. O turismo atende a todos os públicos, de jovens mochileiros a milionários e celebridades internacionais. Os primeiros hotéis e pousadas dos anos 80 deram lugar a megaresorts que servem de âncora a marinas, campos de golfe há 14 prontos ou em construção no país e condomínios residenciais de luxo. No complexo de Papagayo, uma espécie de Cancún menor e mais requintada, servido por aeroporto próprio na costa do Pacífico, o grupo canadense Four Seasons inaugurou há poucos meses um empreendimento de 200 milhões de dólares. Para dobrar o número de visitantes até o final da década, o governo quer duplicar a área de proteção ambiental e investir na formação profissional da população, cujo Índice de Desenvolvimento Humano só perde na América Latina para a Argentina e o Chile.

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