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Rhodia investe US$ 10 milhões na ampliação da planta de Paulínia

Na contramão dos desinvestimentos anunciados pela Rhodia em abril, que visam à reestruturação mundial do grupo, o Brasil recebeu nesta segunda-feira (21/6) seu presidente mundial, Jean-Pierre Clamadieu, para inaugurar o projeto de expansão de sua unidade industrial de Paulínia (SP). Com investimentos de 10 milhões de dólares, a nova planta amplia em 27% a capacidade instalada […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Na contramão dos desinvestimentos anunciados pela Rhodia em abril, que visam à reestruturação mundial do grupo, o Brasil recebeu nesta segunda-feira (21/6) seu presidente mundial, Jean-Pierre Clamadieu, para inaugurar o projeto de expansão de sua unidade industrial de Paulínia (SP). Com investimentos de 10 milhões de dólares, a nova planta amplia em 27% a capacidade instalada para produção de fenol e acetona do grupo na América Latina. A companhia, agora, tem condições de fornecer 165 mil toneladas anuais de fenol e 101 mil toneladas anuais de acetona.

"Acho simbólico que o primeiro projeto que inauguro, nesta fase de reestruturação, seja no Brasil", afirmou Clamadieu. Segundo o executivo, a Rhodia está animada com as boas perspectivas da economia brasileira. Tanto que, no plano de desinvestimentos do grupo, que soma 700 milhões de euros, não consta nenhum recuo no país. A Rhodia acertou a venda de sua participação na empresa chilena Extractos Naturales Gelymar; negocia a venda de sua unidade de Especialidades de Fosfatos, que opera a partir de plantas na Europa; e assinou carta de intenção para se desfazer de sua unidade Rhodia Research, na França.

O Brasil sustenta a liderança da Rhodia no mercado latino-americano de fenol e acetona. "Temos uma posição muito forte no país", disse Clamadieu. A previsão mundial de faturamento do grupo, para 2004, é de 6 bilhões de dólares - já considerando-se os desinvestimentos. "O Brasil representará 10% disso", afirmou o executivo. Segundo Clamadieu, a perspectiva é que, nos próximos anos, a participação brasileira nos negócios se equilibre num patamar pouco acima desses 10%. "O Brasil tem todas as condições para crescer dentro da Rhodia", afirmou.

Mercado interno

O montante investido na expansão da unidade de Paulínia integra os planos mundiais de investimento de 2004, que devem oscilar entre 230 milhões e 260 milhões de euros. Clamadieu afirmou que outros recursos chegarão ao país neste ano, mas o de Paulínia foi o mais importante.

A maior parte da produção de fenol e acetona será absorvida pelo mercado interno. A cadeia produtiva da madeira é a principal consumidora de fenol (60% do volume fornecido pela Rhodia). O produto é aplicado na fabricação de resinas para compensados de madeira usados na construção civil, decoração e móveis. Outro importante consumidor é a cadeia da poliamida (nylon) que absorve quase os restantes 40%, segundo Clamadieu. Moldes de fundição, sistemas de freios de automóveis e materiais abrasivos, como lixas e rebolos, completam as aplicações do fenol.

Já a acetona é consumida na indústria de solventes e tintas, compostos de borracha, adesivos industriais para calçados e na indústria farmacêutica, como componente para fabricação do ácido acetilsalicílico, base de analgésicos muito vendidos no país.

Apesar da grande demanda interna, estudos do grupo demonstram que as exportações indiretas (aquelas que contabilizam as remessas de produtos de outras empresas que usam fenol ou acetona) podem alcançar 60% da produção de Paulínia.

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