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Renner agora planeja abrir lojas e diversificar mix de produtos

Empresa desistiu nesta semana de comprar a rede carioca Leader, que aceleraria sua expansão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Depois de cancelar a compra da rede carioca Leader nesta semana, a gaúcha Lojas Renner apresentou os resultados do terceiro trimestre aos analistas nesta sexta-feira e informou que pretende manter a meta de abrir pelo menos 12 novas lojas em 2009. A idéia é privilegiar mercados maiores, onde seja mais fácil diluir despesas. Além disso, a Renner estuda novas alternativas de crescimento como voltar a vender artigos de cama, mesa e banho, como já fez no passado e até mesmo desmembrar uma das marcas que vende na Renner e transformá-la numa nova marca de varejo. “Temos capacidade e recursos, até por não ter comprado a Leader, para expandir de várias formas”, diz José Galló, presidente da empresa. “Ainda estamos digerindo a situação da Leader, mas vamos pensar nas novas idéias quando debatermos o orçamento”.

A Renner anunciou uma receita superior a 1,5 bilhão de reais nos primeiros nove meses do ano, 17,7% superior ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido obtido no acumulado do ano (janeiro a setembro) foi de 105,2 milhões, com alta de 13% sobre os 93,1 milhões de igual período de 2007. Mas o lucro líquido de 31,51 milhões no terceiro trimestre de 2008 representa uma queda de 12,7% em relação ao mesmo período de 2007. O aumento dos custos e das despesas em ritmo superior ao das receitas foi a causa do recuo nos ganhos da companhia. O cartão Renner foi responsável por 63,6% das vendas realizadas nos nove primeiros meses e o ticket médio foi de 109,51 reais, 6,7% superior ao do mesmo período do ano passado.

Na conversa com os analistas, o presidente da empresa comentou que há 45 dias, a empresa está fazendo um esforço para reduzir custos, revisando contratos com fornecedores e prestadores de serviços e suspendendo trabalhos de consultorias preparando a empresa para os novos tempos. Apesar disso, a empresa enxerga oportunidades na crise. “Com a queda nas vendas de automóveis e eletroeletrônicos, o varejo de roupas pode sair fortalecido”, diz Galló. Além disso, com as dificuldades das empresas pequenas e médias em conseguir crédito, Galló acredita que as grandes redes terão maior poder de barganha junto aos fornecedores.
A Renner tem atualmente 106 lojas em todas as regiões do país. Até o final do ano estão previstas outras quatro inaugurações. A Renner vai terminar o ano com 110 lojas.

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