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Receita da Embratel continua em queda

A receita gerada por ligações telefônicas interurbanas e internacionais da Embratel continua caindo. Em seu balanço divulgado ontem (4/2), a Embratel Participações S.A, que controla a operadora de telefonia fixa, registrou 5 bilhões de reais faturados com serviços de voz, contra 5,4 bilhões em 2001. A queda foi mais acentuada na telefonia internacional, mercado em […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A receita gerada por ligações telefônicas interurbanas e internacionais da Embratel continua caindo. Em seu balanço divulgado ontem (4/2), a Embratel Participações S.A, que controla a operadora de telefonia fixa, registrou 5 bilhões de reais faturados com serviços de voz, contra 5,4 bilhões em 2001.

A queda foi mais acentuada na telefonia internacional, mercado em que a concorrência de tarifas é mais acirrada. A receita da Embratel diminuiu 22,2% no segmento: passou de 857 milhões em 2001 para 666,7 milhões em 2002. Os resultados gerais da Embratel ainda não permitem que a empresa respire aliviada. A receita líquida caiu de 7,4 bilhões para 7,1 bilhões de reais, e o prejuízo aumentou de 553,6 milhões para 626,3 milhões de reais.

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Assim como as chamadas internacionais, as ligações de longa distância feitas dentro do país também foram reduzidas - além da tradicional oponente Intelig, a Embratel concorreu em 2002 também com a Telefônica e a Telemar, que passaram a oferecer esse tipo de serviço aos seus usuários. A longa distância nacional rendeu à Embratel 4,3 bilhões de reais em 2002, contra 4,5 bilhões em 2001. A Embratel afirma em seu relatório que, além da concorrência, outro motivo para a queda da receita de voz é o aumento de linhas bloqueadas devido a fraudes e à inadimplência.

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Se o bloqueio de 4,6 milhões de linhas - 2,8 milhões a mais que em 2001 - refletiu-se negativamente na receita de voz, por outro lado diminuiu para a metade a provisão para provedores duvidosos. Em 2001, 15% do total da receita da empresa estava comprometida com esse provisionamento. Em 2002, essa relação caiu para 8% em valores brutos. A provisão foi de 1,15 milhão de reais em 2001 e, no ano passado, baixou para 627,1 milhão.

A Embratel tem mais alguns números para comemorar: amortizou em 54 milhões de reais da dívida em 2002. Só no quarto trimestre foram 34 milhões. "Essa redução da dívida e o aumento da posição do caixa para 887 milhões de reais pode ser um primeiro sinal de melhora consistente na geração de caixa", diz o relatório da empresa.

Além disso, a receita dos serviços de comunicação de dados e internet cresceu 4% e chegou a 1,7 bilhão de reais. Mesmo que o total arrecadado com dados tenha tido um crescimento mais tímido, de 1% (devido à queda de receita gerada por aluguel de linhas a outros provedores), o resultado é animador: a queda de receita entre 2000 e 2001 na área de dados e em internet foi grande, e essa recuperação mostra que os concorrentes nesse segmento ainda não foram capaz de desbancar a Embratel.

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