Prosecco da Paris Hilton enfurece produtores italianos
Região de Vêneto consegue o direito exclusivo de utilizar o nome "prosecco" em suas garrafas, ao menos dentro da União Europeia
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Os produtores italianos de vinho prosecco da região de Vêneto, norte da Itália, estão comemorando a sua ascenção na classificação da bebida segundo as regras de proteção da União Européia. Agora, as suas garrafas não mais virão com a sigla "doc", que significa denominação de origem controlada, e, sim, "docg", com a inclusão da letra "g", de garantida.
Essa foi a forma que o Ministério da Agricultura encontrou para solucionar a disputa entre as regiões italianas de Vêneto e Treviso. Ambas se apresentavam como produtoras do autêntico prosecco.
Também foi proibida a veiculação do nome prosecco nos rótulos dos espumantes produzidos fora da região de Vêneto, ao menos dentro da União Européia. De acordo com a reportagem da agência Bloomberg, essa medida deve melhorar a qualidade dos vinhos. E, certamente, provocar o aumento dos preços.
De acordo com a Bloomberg, um dos motivos dessa falta de controle é a impossibilidade de proteger a uva, denominada prosecco, responsável pela fabricação do espumante. "Não existe precedente para uma ação desse tipo", afirmou Artur Azevedo, diretor executivo da Associação Brasileira de Sommeliers, a EXAME.
Episódio Paris Hilton
Em parceria com a empresa alemã Rich Sales & Marketing, a modelo, atriz e socialite americana Paris Hilton, de 28 anos, botou fogo no mercado de espumantes ao lançar uma marca de prosecco na Áustria em 2007. Denominado "Rich Prosecco", o vinho chegou ao mercado somente neste ano em forma de latinhas douradas, assim como cervejas e refrigerantes, por apenas 2,0 euros.
Para divulgar o produto, Paris apareceu totalmente nua, com o corpo pintado de dourado, em outdoors pela cidade.
Os tradicionais produtores da bebida não gostaram nada da idéia e declararam guerra à linha de Paris.