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Produção comercial de petróleo em Tupi é viável, afirma portuguesa Galp

Parceira da Petrobras na Bacia de Santos, companhia aposta no potencial das reservas do pré-sal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O campo de Tupi, na Bacia de Santos, será capaz de produzir petróleo comercialmente a preços competitivos. A afirmação é do presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira. A companhia portuguesa é parceira da Petrobras no projeto de Tupi. Nos blocos da Bacia de Santos, a Galp mantém uma participação média de 10% nos consórcios.

Em entrevista ao português Jornal de Negócios, Oliveira afirmou que a produção terá preços competitivos, mesmo usando as tecnologias existentes. "Não tenho dúvida nenhuma de que a tecnologia está aí e que será capaz de permitir produzir esses recursos a custos competitivos", afirma Oliveira. Uma das grandes dúvidas dos analistas de mercado é o custo de produção de Tupi. As reservas localizam-se a grandes profundidades - na região chamada de águas profundas, na qual a Petrobras é líder mundial em tecnologia -, abaixo de uma camada de sal, o que requer uma tecnologia mais sofisticada. Alguns especialistas afirmam que a extração em Tupi só será viável se o barril de petróleo continuar batendo recordes de preço. Caso recue, Tupi não seria economicamente viável.

O executivo comparou o início da extração em Tupi ao que ocorreu com as jazidas do Mar do Norte, na Europa, exploradas pela Noruega e pela Inglaterra. No final dos anos 60, foi descoberto petróleo no Mar do Norte, o que transformou a Noruega no maior produtor de óleo cru da Europa e exportador de petróleo e gás a partir de 1975. Quando a produção começou, o custo de extração - 18 dólares por barril - era considerado alto. "Naquela altura, era uma calamidade", afirma Oliveira. Com o avanço tecnológico e de produção, a tendência é baratear os custos, segundo o executivo. "É o que vai acontecer na Bacia de Santos", diz.

Descoberto em outubro, o campo de Tupi poderia, sozinho, elevar em 60% as reservas de petróleo, de 12 bilhões para até 20 bilhões de barris. Outro campo, anunciado extra-oficialmente no mês passado pelo presidente da Agência Nacional de Petróleo, poderia projetar ainda mais o país no cenário mundial. Trata-se do Pão de Açúcar, que seria o terceiro maior campo já descoberto no mundo e poderia acrescentar 33 bilhões de barris às reservas nacionais.

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