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Preços da celulose despencam no mercado internacional

Corretora Link diz que alta do dólar compensa queda de preços, mas não recomenda ações de nenhuma empresa brasileira no setor

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os preços da celulose despencaram no mercado internacional por conta dos impactos da crise. "Os preços de celulose da fibra longa (NBSK) chegaram a 738,81 dólares a tonelada, uma queda de 2,88% em relação à semana passada, e uma queda de 18,45% em relação ao topo desse ciclo, alcançado em meados de maio", afirma a corretora Link em relatório.

Já os preços de celulose de fibra curta (BHKP) atingiram 699,13 dólares a tonelada, queda de 2,77% ante a semana passada e uma baixa de 16,77% na comparação com o topo do ciclo. A corretara diz que o mercado internacional sofre uma queda em função da atual crise financeira mundial, "com uma forte queda na demanda chinesa".

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Os analistas da corretara afirmam que empresas brasileiras estão anunciando paradas estratégicas para evitar uma alta estocagem de produtos, "o que impactaria fortemente o capital de giro dessas empresas". "Porém, este movimento não está trazendo nenhum movimento de suavização da queda, que, pelo contrário, está cada vez mais rápida."

A corretora analisa, no entanto, que "a queda nos preços da celulose está sendo muito mais calma que a valorização do dólar nesse mercado, o que faz com que o cenário de preços seja positivo para as empresas [brasileiras] do setor (pelo menos para aquelas que não apostaram contra o dólar)". Apenas a Aracruz perdeu 2,1 bilhões de dólares com apostas na queda da moeda americana por meio de derivativos exóticos. Suzano Papel e Celulose, Klabin e VCP também tiveram prejuízo, mas devido ao efeito negativo do câmbio sobre dívidas em dólar.

Por isso, embora destaque que "tanto em euros como em reais" os preços da celulose estão acima do patamar em que iniciaram o ano, a corretora salienta que não recomenda a compra de ações "para nenhuma companhia do setor, esperando que a situação se acalme para voltar a recomendar as empresas". Em novembro até o dia 17, as ações mais negociadas da VCP acumulam baixa de 12,3%, Aracruz perde 10,1% e Suzano tem desvalorização de 3,6%.

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