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Portugal Telecom aposta no exterior para crescer

Ampliar o peso das operações fora do país natal é o principal objetivo da Portugal Telecom (PT) nos próximos anos. Para tanto, foi criada a Portugal Telecom Investimentos Internacionais (PT Investimentos), cujo objetivo é centralizar os negócios do grupo no exterior, ampliar sua participação em países com afinidades culturais (como as ex-colônias portuguesas) e melhorar […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Ampliar o peso das operações fora do país natal é o principal objetivo da Portugal Telecom (PT) nos próximos anos. Para tanto, foi criada a Portugal Telecom Investimentos Internacionais (PT Investimentos), cujo objetivo é centralizar os negócios do grupo no exterior, ampliar sua participação em países com afinidades culturais (como as ex-colônias portuguesas) e melhorar a gestão dos ativos já existentes.

Atualmente, o grupo possui 28 empresas no exterior, que geraram receitas de cerca de 1,7 bilhão de euros e ebitda (resultado operacional antes de despesas financeiras líquidas, depreciação, amortização e arrendamentos) de 600 milhões no ano passado. As cifras referem-se à participação da PT nos ativos, já que muitos deles são parcerias com outras empresas. A margem média de ebitda das atividades internacionais é de 36%. "Em Portugal, nossa margem é de 39%, mas esperamos que, no médio prazo, as operações internacionais superem esse número", diz o presidente executivo da PT Telecom, Miguel Horta e Costa.

Brasil em destaque

Detentor de 50% do capital da operadora de telefonia móvel Vivo, o grupo enfatiza o peso das operações brasileiras para sua expansão internacional. Somente a Vivo e a PrimeSys, empresa de processamento de dados com 100% de capital nas mãos da PT, responderam por 84% das receitas externas do grupo no ano passado. "Nossa aposta continua sendo o Brasil e, em particular, a Vivo", afirma Costa.

Como comparação, citou que a receita com telefonia móvel no Brasil em 2003 (cerca de 1,36 bilhão de euros) foi maior que a obtida em Portugal (1,34 bilhão). Estudo elaborado pelo banco de investimentos Bear Sterns para o grupo demonstra o potencial de crescimento da Vivo. Em 2003, a operadora brasileira respondeu pelo terceiro maior ebitda do grupo. Em 2010, o estudo projeta que a Vivo lidere a geração de ebitda, à frente dos negócios de telefonia fixa do grupo em Portugal. A PT não forneceu as cifras envolvidas.

Próximos passos

Costa não descartou eventuais aquisições para ampliar os negócios no exterior, mas afirmou que não há ações concretas neste sentido por ora. A única medida é a conclusão da venda da operadora de telefonia móvel Mascom Wireless, de Botswana, da qual detém 50,01%. "Buscaremos opções de investimentos, mas não há nada que possa ser revelado neste momento", diz Costa.

Atualmente, a Vivo cobre 87% do território brasileiro, restando apenas o Nordeste e Minas Gerais. Segundo o executivo, espera-se que a operadora consiga atingir todo o país e, para tanto, estudam-se alternativas como uma possível aquisição ou contratos de roaming. Ele negou que, no momento, esteja negociando uma possível aquisição da Telemig, controlada pela Telpart, que tem como acionistas o banco Opportunity e investidores institucionais.

Costa também negou que o grupo tenha sondado outras alternativas de negócio no Brasil, como a compra da operadora de TV a cabo Net. "A notícia não tem fundamento, mas não excluímos qualquer oportunidade", afirma. Segundo o executivo, a companhia também não cogita a implantação de uma rede própria de cabos no país.

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